Logan

A grande estréia de março nos cinemas é o filme Logan, que conta com tom de despedida mais uma história do personagem Wolverine, um dos mutantes mais importantes da saga X-Men.

O filme conta com um Wolverine bem mais velho. Aposentado dos dias de heroísmo, cansado e derrotado por suas próprias escolhas. É um pesar que lhe parece irremediável, e mesmo se houvesse solução não haveria mais sentido, uma vez que Logan decidiu que já perdeu demais em sua vida.

O plot é muito envolvente e real. Trata de questões que encaramos em nosso cotidiano e te faz refletir que até mesmo os gigantes caem, choram e sangram. O enredo te faz compreender de maneira mais abrangente sensações que o personagem vivencia em cena: o envelhecimento, a culpa pelos erros do passado, seu entendimento como família e tentar encontrar a paz e redenção.

Após 17 anos desde sua primeira aparição junto ao time de super mutantes, Logan traz uma história surpreendente em muitos sentidos, mas o fator principal é o de desfecho. É um filme para se despedir do personagem e agradecer ao desempenho de Hugh Jackman pelo brilhantismo de interpretar por quase duas décadas o Wolverine.

Tudo foi feito de uma forma tão caprichosa nesse filme que o sentimento é de remissão. O filme faz valer toda a confusão cronológica, as falhas nas datas e personagens, e outros problemas que a franquia X-Men sofreu como um todo.

As cenas de ação são feitas em especiais aos fãs dos quadrinhos, com ótimos movimentos e sequência, e a identificação com o momento que Logan está passando emocionalmente é de fazer chorar….em vários momentos.

O que mais gostei nesse filme após acompanhar de maneira supérflua a franquia toda foi o tom humanizado do personagem sem a necessidade de descaracteriza-lo, pelo contrário, senti que nesse suspiro final, Wolverine apareceu muito mais da forma que os fãs queriam e esperavam.

Eu não posso deixar de comentar algo que foi muito sincero, eu fiquei sem palavras ao ver mais uma vez Patrick Stewart como Professor Xavier. O personagem também mudou muito, está bem velho e com sequelas físicas, mentais e emocionais de tudo que passou como a mente mais poderosa da Terra. Foi muito emocionante saber que esse palco também serviu para o ator se despedir de seu personagem.

A pequena Dafne Kenn é brilhante! Assim como Millie Bob Brown  (a Eleven de Strager Things) cativou com uma atuação impecável, acredito que a sua estréia no cinema como X-23 vai deixar muita gente de boca aberta.

É um filme sobre encontrar a paz interior, enxergar o reflexo de suas atitudes e fazer as pazes com a consciência. Foi muito emocionante e com certeza encerra com chave de ouro a participação de Hugh Jackman nesse universo de heróis no cinema.

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