Turma da Mônica – Laços (2019)

Fomos convidados para a abertura da quarta edição do Santos Film Fest, evento de cinema que acontece entre os dias 26 de junho a 3 de julho, com programação gratuita em diversos pontos da cidade.

O primeiro dia do festival trouxe o elenco do filme Turma da Mônica – Laços, e apresentou uma exibição exclusiva do filme.

O Floquinho desapare. Para encontrar seu cachorro de estimação, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali e, claro, um plano infalível. Esta é a premissa de Turma da Mônica – Laços, primeiro live action com a turminha mais querida do Brasil.

É um trabalho muito complicado mexer com algo tão popular, especialmente quando lidamos com infâncias de diversas gerações, que cresceram lendo as histórias de Maurício de Souza. O fator nostálgico poderia se tornar um problema a qualquer momento, uma vez que tratam-se de personagens que estão nas memórias da maioria dos brasileiros. E todo esse peso ficou nas costas de quatro crianças, Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo e Gabriel Moreira, reapectivamente, Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão. os atores, entretanto, conseguem captar a essência dos personagens que interpretam, entregando um filme extremamente emocional e belo de ver. O diretor Daniel Rezende (Bingo) faz um trabalho primoroso, tornando este um dos melhores filmes de 2019.

 

A escolha se se basear no quadrinho Laços, do selo Graphic MSP, é mais que acertada. A visão mais realista da turma pelas mãos de Lu e Victor Caffagi ajuda a transpor os personagens para sua versão da vida real, com uma história cativante que mostra bem a amizade da turminha e sua capacidade de superar adversidades.

O famoso Bairro do Limoeiro, lar da turma da mônica, é apresentado como um local pacato de interior, com uma aura atemporal sobre ele. Não é possivel identificar o período em que o filme se passa, o que o deixa mais próximo dos quadrinhos originais. Outras figuras de criação de mauricio de souza são homenageadas, seja através de pelúcias ou outras referências. Um destaque especial para Rodrigo Santoro, que interprera o Louco de forma magistral, um dos melhores momentos do filme.

O filme tem um tom de amadurecimento, mostrando os personagens crescendo tanto individualmente quanto coletivamente na busca pelo floquinho. Disso, a relação entre Mônica e Cebolinha é especialmente bem trabalhada, nos mostrando o que os torna tão especiais nas histórias. Apesar disso, o lúdico dos gibis está presente a todo momento, garantindo que a experiência de assistir o live action se assemelhe a ler um gibi.

Mais que um sucesso, o filme é um marco na história da Maurício de Souza Produções, abrindo portas para novas empreitadas cinematográficas. Quem sabe daqui a alguns anos não veremos esta mesma turminha em uma adaptação de Turma da Mônica Jovem?

Alvaro Ramos

30 anos, marido da Sah e co-fundador do Sahssaricando. Gosta de tudo relacionado ao mundo Geek, RPG e muito Metal!

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