Eu amo maratonar séries, e quando um seriado acaba ou demora a chegar a nova temporada me sinto uma “orfã de sessão pipoca”. Costumo demorar muito para começar um seriado novo, mas se me chama a atenção me prende de um maneira que não consigo parar até terminar tudo.
E meu ultimo “fever” foi com The Blacklist. Comecei a assistir em Agosto a primeira temporada e não parei até ver o ultimo episódio que saiu. Agora falo sobre como a série me prendeu tanto.
Um dos criminosos mais procurados pelo FBI, Red Reddington, resolve se entregar e tem consigo uma lista dos criminosos mais perigosos do mundo. Mas ele só vai cooperar e ajudar a força-tarefa a pegar esses bandidos se a agente Elizabeth Keen for seu contato oficial com o FBI.
A tal “lista negra” de Red é dada de forma aleatória por ele mesmo. O que deixa a força-tarefa suspeita das reais intenções de Red em ter esses criminosos presos. Outro fator que eleva o suspense do seriado é o fato de Red quere somente conversar com a agente Keen.
Cada episódio conta uma história que de início parece ser fechada, mas no final, todos eram peças de um mesmo quebra-cabeça. A cada capítulo a história vai se mostrando e o relacionamento entre Reddington e Keen vai sendo explicado.
A série estreou em 2013 e já teve confirmação de sua quinta temporada este ano. Contando com um elenco de peso, o destaque principal vai para Reddington, interpretado pelo veterano James Spader (Stargate e Avengers: Age of Ultron). O personagem está sempre com um novo segredo ou plano, e Spader consegue dar credibilidade e veracidade para o criminoso.
Megan Boone, que interpreta a Agente Keen, teve apenas algumas pontas em outras séries e relativa regularidade em Lei e Ordem: Los Angeles, porém abraçou a personagem e faz um trabalho muito bom em cena. É perceptível desde o inicio do seriado que ela é a chave para muitas coisas que estão acontecendo.
O elenco de apoio também é excepcional, e conta com Diego Klattenhoff (Meninas Malvadas, Círculo de Fogo), Ryan Eggold (Veronica Mars, 90210) e Harry Lennix (Matrix, House MD). Os atores Amir Arison, Mozhan Marno e Hisham Tawfiq não tem curriculo tão vasto quantos seus outros colegas porém são tão excelentes quanto.
O seriado segue a linha investigativa mostrando além da visão dos “mocinhos” do FBI mas também os esquemas dos criminosos. Cada episódio mostra como governos, carteis e facções impactam no sistema e nem chegam ao conhecimento das pessoas comuns. É como se o mundo estivesse girando através de uma manivela invisível, e essa abordagem é demonstrada de forma brilhante.
A linha tênue entre certo e errado, bom e mau traz questionamentos aos personagens e impacta em suas ações. Agentes treinados de uma grande força-tarefa como o FBI tendo um dos maiores criminosos como informante sem terem controle nenhum ou conhecimento sobre suas reais intenções é um campo perigoso. E nesse palco vemos ao decorrer do seriado que a escolha individual de cada um na trama altera instantaneamente nos resultados.
O grande chamariz da série é a relação entre Red e Keen. Inicialmente colocados como completos estranhos e com o decorrer das temporadas vamos tendo conhecimento dessa relação. A Agente Keen vai dando pequenos passos em direção a descobrir sobre sua vida, e deixa uma ansiedade tremenda para que tudo seja revelado.
Um seriado excelente que eu mal vejo a hora de mais uma temporada!
Leave a Comment