Jogos em grupo não são nenhuma novidade. Divertir-se com seus amigos durante algumas horas pode ser feito das mais variadas formas, seja vendo um filme, fazendo alguma atividade física ou jogando. A maioria dos jogos tem um conjunto de regras que coloca desafios para os jogadores, que devem superá-los para vencer. O RPG mistura essa forma de entretenimento com o teatro, colocando um enredo e personagens interagindo entre si.
Diferente de qualquer outro jogo, o RPG é uma forma cooperativa e interativa de contar uma história. O grupo de amigos se reúne e define alguém para ser o “Narrador” ou “Mestre do Jogo”. Essa pessoa será responsável por criar a “aventura”, a base da história que será criada pelo grupo. É com ele que fica a responsabilidade de criar antagonistas, aliados e todos aqueles com quem os jogadores irão interagir. É comum que tenha esse “posto” aquele que conhecer melhor as regras que serão usadas durante o jogo. Todos os outros que participarem serão os “jogadores”, e criarão os protagonistas da história. Esses personagens serão mais profundos e completos que a maioria dos personagens criados pelo Narrador, terão uma história de origem, além de habilidades e feitos detalhados.
A história criada pelo grupo é chamada “aventura”. Ela pode ter a duração que o grupo desejar, e muitas vezes pode ser interrompida e retomada em outro dia. A Sequencia de aventuras de uma mesma história forma o que chamamos de “Campanha”. Ao jogar uma campanha, os personagens recebem uma progressão de experiência, mostrando uma evolução tanto mecânica quanto interpretativa no desenrolar da trama.
Para manter registro de tudo, definir o sucesso ou falha das ações dos jogadores e solucionar embates é preciso escolher um sistema de regras para jogar. Nesse sistema, estarão as regras envolvendo tudo o que pode ser feito no jogo, bem como uma ficha onde são distribuídos pontos que representarão as habilidades e competências de cada personagem. Os mais conhecidos do público brasileiro são o Dungeons and Dragons, Storyteller e GURPS, embora diversos outros sistemas nacionais e internacionais tenham ganhado visibilidade no mercado. Vamos falar mais especificamente sobre sistemas e cenários de jogo em outras publicações.
Os primeiros relatos desta forma de entretenimento são de 1974, com a primeira edição de Dungeons and Dragons. Idealizado em 1971, quando uma partida de um jogo de estratégia chegou a um impasse. Dois amigos, Gary Gygax e Dave Arneson estavam jogando um jogo de miniaturas, no qual dois exércitos se enfrentavam. Para resolver a disputa que parecia estar travada, um dos dois decidiu que usaria um grupo de três soldados para invadir a base inimiga. Ao usar recursos interpretativos para resolver o duelo, eles acabaram criando algo novo.
Para jogar qualquer sistema que seja, é necessário apenas papel, lápis ou caneta e muita imaginação. Para definir o sucesso ou falha das ações de seus personagens, a maioria dos sistemas utiliza dados poliédricos, sendo os mais conhecidos o dado de seis lados (convencional) e o “kit” de Dungeons and Dragons, que conta com dados de quatro, seis, oito, dez, doze e vinte lados. Algumas alternativas são oferecidas em outros sistemas, como cartas e até mesmo Pedra, Papel e Tesoura.
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