Após oito dias intensos e repercussão Brasil afora, o 5º Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos chegou ao fim na noite desta terça-feira, 6 de outubro. Foram 67 produções exibidas, oito atividades formativas, além dos bate-papos diários, todas as manhãs, com os cineastas responsáveis pelos filmes das mostras competitivas. Os homenageados desta edição foram o ator Paulo Betti, a atriz e diretora Julia Katharine e o cineasta Sergio Rezende.
O diretor do festival André Azenha e o professor Eduardo Rubi Cavalcanti (da Unisantos e membro do júri da mostra regional) anunciaram os premiados de 14 categorias em live transmitida no Facebook e no Youtube do evento. Todos os troféus levam o nome de Toninho Campos, do Cine Roxy, figura fundamental na propagação do cinema e do audiovisual na região e para que Santos hoje tenha um Selo de Cidade Criativa em Cinema pela Unesco.
O grande premiado desta edição foi “Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” (SP), que levou os prêmios do júri de melhor longa-metragem e melhor diretor (para Pablo Lopes Guelli). O filme aborda em tom crítico as fake News e o atual governo federal.
Pelo voto popular, o melhor longa-metragem escolhido foi “O Samba é Primo do Jazz” (RJ), de Angela Zoé, documentário sobre a vida e obra da cantora Alcione. Angela já havia vencido o prêmio de melhor longa do júri em 2018 por “Henfil”, documentário biográfico do famoso cartunista.
Na mostra nacional/internacional de curtas-metragens os prêmios foram para “Sofia” (Portugal, de Filipe Ruffato e Gonçalo Viana), prêmio de melhor curta pelo júri, melhor direção pelo júri para Marília Nogueira (“Angela”), da mineira Marilia Nogueira, e o voto popular de melhor curta ficou com “Um Dia Frio” (PR, animação/drama, de Victor Percy).
Os prêmios de menção honrosa Filme Humanitário e Menção Honrosa Filme Humanitário pelo Voto Popular foram respectivamente para “Selvagem”, SP, de Diego da Costa, ficção sobre a ocupação nas escolas, e o documentário “Tranças” (BA, de Livia Sampaio), sobre alienação parental.
Diego levou outro prêmio, dessa vez ao lado de Hiro Ishikawa, pelo voto popular de melhor filme de rock para “A Plebe é Rude” (SP), documentário biográfico da banda de rock brasiliense.
Devido ao bom interesse de produções estrangeiras inscritas (mais de 20), o festival optou por entregar menções honrosas de filme estrangeiro para “A Canção do Tempo” (Argentina, El Canto Del Tiempo, longa, documentário, de Mana García) e do voto popular para o português “Sofia”.
Dentro da Mostra Regional, o Instituto Querô destacou-se com cinco dos seis filmes selecionados e leva a principal categoria, de melhor filme Baixada Santista pelo júri: “Vila dos Pescadores” (Santos, documentário, de Cintia Neli da Silva Inacio e Geovanne Rafael V. da Silva). O prêmio de melhor direção Baixada Santista foi para Thomas Aguina, por “Projeção” (Praia Grande). Já o voto popular de melhor filme regional ficou com “Blandina” (Santos, drama, de Arthur Micheloto).
“É fundamental defendermos espaços públicos e sociais que tenham visão independente e sejam capazes de promover inclusão pela cultura. Com este resultado percebemos que o principal espaço para aprender cinema na região é uma ONG”, ressalta o diretor do SFF, André Azenha. “Estamos orgulhosos com a repercussão desta edição, que chegou a ter filmes vistos nos Estados Unidos, China, países da América do Sul e da Europa”, destaca a diretora do evento Paula Azenha.
“O Santos Film Fest arrasou. Nunca tive tanto retorno sobre os meus filmes como nesta semana do festival”, celebra o diretor Diego da Costa, premiado duas vezes por “A Plebe é Rude” e “Selvagem” e que ainda participou da Mostra Rock com “Os Caubóis do Apocalipse”.
O 5º Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos é realizado por CineZen Cultural, coordenado por André Azenha e Paula Azenha. Tem apoio institucional da Prefeitura de Santos e apoios de Videocamp, Sesc Santos, Associação dos Artistas, UniSantos e Histórias do Cinema. Outras informações em www.santosfilmfest.com, www.facebook.com/santosfilmfest, www.youtube.com/santosfimlfest e www.instagram.com/santosfilmfest.
Lista completa de premiados:
– Troféu Toninho Campos – Melhor Longa-Metragem – Júri – “Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” (SP), de Pablo Lopes Guelli
– Troféu Toninho Campos – Melhor Curta-Metragem – Júri – “Sofia” (Portugal), de Filipe Ruffato e Gonçalo Viana
– Troféu Toninho Campos – Melhor Direção de Longa-Metragem – Júri – Pablo Lopes Guelli
– Troféu Toninho Campos – Melhor Direção de Curta-Metragem – Júri – Marília Nogueira (“Angela”)
– Troféu Toninho Campos – Melhor Curta-Metragem – Voto Popular – “Um Dia Frio” (PR, animação/drama, de Victor Percy
– Troféu Toninho Campos – Melhor Longa-Metragem – Voto Popular – “O Samba é Primo do Jazz” (RJ), de Angela Zoé
– Troféu Toninho Campos – Melhor Filme Baixada Santista – Júri – “Vila dos Pescadores” (Santos), Cintia Neli da Silva Inacio e Geovanne Rafael V. da Silva
– Troféu Toninho Campos – Melhor Direção Baixada Santista – Júri – Thomas Aguina (“Projeção”, Praia Grande)
– Troféu Toninho Campos – Melhor Filme Baixada Santista – Voto Popular – “Blandina” – Santos, drama, de Arthur Micheloto
– Menção Honrosa Filme de Caráter Humanitário – “Selvagem”, SP, de Diego da Costa
– Menção Honrosa Filme de Caráter Humanitário – Voto Popular – “Tranças”, BA, de Livia Sampaio
– Melhor Filmes de Rock (voto popular do Blog n Roll) – “A Plebe é Rude”, de Hiro Ishikawa e Diego da Costa
– Menção Honrosa Melhor Filme Estrangeiro – “A Canção do Tempo” (Argentina, El Canto Del Tiempo, longa, documentário, de Mana García)
– Menção Honrosa Melhor Filme Estrangeiro – Voto Popular – “Sofia” (Portugal), de Filipe Ruffato e Gonçalo Viana
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