Para quem acompanha as redes sociais do Sahssaricando viu que promovi um debate no novo espaço do Cine Roxy, O Roxy Lounge Premium que conta com uma disposição muito boa para unir gastronomia e cinema.
Na atividade falamos sobre protagonismo feminino nos filmes, como uma espécie de “esquenta” para o primeiro longa metragem da heroína Mulher Maravilha.
Após 75 anos de trajetória, Diana encontra seu lugar no hall de filmes da Warner. E faz uma estréia surpreendentemente incrível.
Antes de falar do longa preciso dizer o quanto minha opinião mudou desde a primeira aparição de Gal Gadot em Batman vs. Superman até então o tão esperado vôo solo.
Nas mãos de Zack Snyder, a nova franquia de super heróis está se formando nos cinemas. Se chegou onde os telespectadores esperavam? Receio dizer que não, mas cada passo desenvolvido em cima dessa produção toda foi importante para chegar até esse filme, com certeza.
A aparição da Mulher Maravilha no filme que une outros dois grandes ícones da DC foi na minha opinião falha. Não deixou aquele gosto de empolgação e ansiedade para promover este longa, foi um sentimento de duvida que repercutiu durante essa espera, e até que enfim podemos desfrutar de maneira muito positiva.
A história começa com a origem da heroína. Mostrando seus primeiros passos até se tornar a personagem que tanto queríamos. Apesar de muitos questionamentos sobre como seria retratada no filme a trajetória de Diana, o que foi feito deixou uma boa ligação com o que é retratado nos Novos 52 (uma das ultimas saga da DC Comics).
Diana é filha de Hipólita, rainha das amazonas que habitam a Ilha de Temiscira. Desde pequena, Diana foi orientada por sua mãe que os dias de guerra acabaram e que as Amazonas viraram vigilantes que garantem que a ilha continue preservada e em paz.
Porém por mais que Hipólita quisesse proteger sua filha de sua real origem e propósito, a curiosidade e vontade de lugar da jovem era muito maior do que o medo de sua mãe.
Após a chegada de um desconhecido a ilha, Diana se vê em um dilema entre atender as expectativas de sua mãe e seguir aquilo que julga correto. Diana é uma jovem honesta e ingênua, mas seu senso de justiça sempre se fez presente.
Impelida pela vontade de ser uma guerreira ela caminha para Londres ao lado do major Trevor para uma nova terra onde uma guerra se alastra. Neste novo mundo sua coragem é colocada a prova e Diana começa a entender sua real missão.
Gal Gadot está surpreendente no papel. Após fazer uma fraca participação em Batman vs. Super muito foi questionado se a atriz conseguiria representar um ícone tão importante em um momento tão delicado nos cinemas.
Não é de hoje que o publico questiona a falta de filmes protagonizados por mulheres, não somente na atuação, mas em produção e direção. E Mulher Maravilha envolve e mexe com vários fatores que contribuem aos assuntos do Feminismo.
É uma função muito importante para Gal Gadot ser a nova cara de uma heroína que tem 75 anos de idade. E a cobrança fica maior ainda quando a unica referencia de carne osso até então era nada menos do que Linda Carter.
Levando em consideração a ótima ambientação e trama, a atriz se saiu muito bem em representar a nova origem da heroína, e na minha opinião os créditos não devem ser dados somente a ela.
O elenco como um todo se encaixou perfeitamente em seus papéis. Connie Nielsen interpretou uma Hipólita mais velha, longe dos dias de guerra. Ela se tornou mãe e uma anciã de seu povo. Foi medida certa para identificar uma líder.
Outros personagens tem aparições mais rápidas como Antiope, uma das mentoras de Diana e quem a preapara para ser uma guerreira. e mesmo com poucas falas e tempo em cena, percebe-se que muito empenho foi feito até no menores detalhes do longa.
Eu poderia falar sobre os antagonistas do filme, porém não quero estragar a surpresa. Eu posso então somente comentar que fiquei muito agradecida com a aparição de um ser mal a altura de uma grande heroína. E as cenas de ação e lutas são um deleite para os olhos.
Chris Pine ficou ótimo como Major Trevor, a sintonia entre o major e Diana ficou muito boa, sabendo colocar na medida certa o romance entre eles e as cenas em que ambos precisam cumprir suas missões.
Percebi que algumas pessoas não gostaram desse fator “romance” no filme e até acharam “desnecessário” ter um coadjuvante como par romântico no filme. Para quem não sabe, nos quadrinhos Diana se casa com o major Trevor e tem duas filhas, e ele se torna o único homem com permissão para morar em Temiscira.
Levando isso em consideração, o personagem de Trevor faz parte significativa nas histórias da Mulher Maravilha. Principalmente na Era de Ouro e Prata. Como todo bom personagem de quadrinhos, assim como a Mulher Maravilha, ele retorna com uma história um pouco diferente na Era Pós Crise e Novos 52.
A direção ficou por conta de Patty Jenkins, que apesar de não ter um curriculo tão vasto como diretora soube como contar a história de uma mulher para inspirar outras milhares. O trabalho feito no filme é impecável, com todo o cuidado de manter a Mulher Maravilha como uma mulher forte, justa e corajosa.
Foi o olhar feminino de Jenkins e a leveza de atuação de Gadot que deixaram o longa sendo o melhor trabalho feito nessa nova franquia de filmes da DC Comics.
Como fã posso dizer que este era um filme que aguardei muito, e fiquei bem receosa até entrar na sala. Mas fui contemplada com uma bela história e percebi todo o cuidado e dedicação em colocar a Mulher Maravilha como a mais nova protagonista de filmes de super heróis.
Esse vôo com certeza foi maravilhoso, e mal posso esperar por uma sequencia.
Vocês já assistiram? Eu recomendo que façam!
Amei saber mais a respeito do filme!
Estava pensando se assistia no cinema ou não e esperava alguma crítica boa ou ruim pra fazer essa opção. Pela sua resenha, acredito que vale a pena assistir nos cinemas e farei isso. Sobre o Chris Pine, amei que ele é o major Trevor, acho ele um ator maravilhoso! Agora te confesso que a Gal Gadot não passa muita segurança pra mim ainda, mas espero mudar minha opinião após o filme! Bjs