O mais recente longa do Netflix nos apresenta uma reflexão dura e atual, de como a questão dos refugiados é seria e imediata.
Em 1997, a Mossad, agência de inteligência israelense, recebe a missão do primeiro ministro de resgatar os judeus etíopes do Sudão e levá-los para Israel. Ari Kidron (Chris Evans), um charmoso agente israelense, reúne um grupo de pessoas para formar uma equipe de ajuda no êxodo de judeus.
A escalação de Evans para o papel do líder da equipe nos referencia diretamente sua atuação como o herói da Marvel Capitão América. A idéia funciona, e o porte de herói de ação se mistura ao carismático líder, que desde o começo se destaca por não se preocupar com a própria vida em busca de salvar o próximo. O filme segue então com o plano, baseado em fatos reais, de utilizar um antigo hotel abandonado para conseguir transportar os refugiados. A atitude heróica dos agentes acaba ficando um pouco de lado no filme, que tem um sério problema de tempo, muitas vezes deixando a história principal esquecida em belíssimas cenas de mergulho, lual com violão e outros momentos que tentam ser divertidos mas fogem do tom.
A história é comovente e dificil de engolir, principalmente porque ela não tem um “final feliz”. É sabido que não só as ações do grupo não foram o suficiente e até hoje esse problema ainda atinge milhares de pessoas. Ainda assim, é muito bom ver as ações das corajosas pessoas que enfrentam as maiores adversidades em prol de salvar vidas. como o próprio mote do filme mostra: “Ninguém fica para trás”. É através deste prisma que o filme mostra sua beleza, e a necessidade de sua existência.
Por ser o terceiro longa do diretor Gideon Raff, ainda existem alguns problemas oriundos da falta de expêriencia. São problemas bem leves, entretanto, e ainda há muito espaço para o diretor melhorar em suas próximas obras.
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