O Diretor George Miller, que nos presenteou com a trilogia Mad Max nos anos 80 e ganhador do Oscar de animação por Happy Feet retorna para seu universo mais famoso, trazendo agressividade e ambientação espetaculares.
O cenário é um deserto australiano num futuro próximo, porém distópico. Após incontáveis guerras, o mundo ficou num estado destruído, e os poucos seres humanos que sobraram lutam por sobrevivência. Max Rockatansky, que no inicio da franquia era interpretado por Mel Gibson, é um policial com um enorme instinto de sobrevivência, que o faz se adaptar as diversas condições que este novo mundo aborda.
O primeiro Mad Max está até hoje no Guiness como maior retorno financeiro da história do cinema. Miller gastou 400 mil na produção do filme, e obteve um retorno de mais de 100 milhões de dólares. O filme ficou tão famoso e tão icônico que diversas outras películas homenagearam a saga. Em Jogos Mortais, por exemplo, há uma referência a cena final de Mad Max 1, em que Max deixa o bandido com um serrote após algemá-lo.
E chegamos ao ano de 2015. 30 anos depois do último filme de Mad Max (Mad Max e a Cúpula do Trovão) finalmente a continuação da saga chegou. E, após 25 anos desde sua idéia até a conclusão do projeto, com diversos problemas no caminho, o resultado não poderia ser mais satisfatório. Por questão de idade, o protagonista Max Rockatansky foi substituído pelo excelente ator Tom Hardy (Bronson, Batman – Dark Knight Returns), que divide a atenção com a espetacular atriz Charlize Theron (Hancock, Prometheus).
Perseguido pelo seu turbulento passado, Max acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de mais ninguém para além de si próprio. Ainda assim, acaba por se juntar a um grupo de rebeldes que atravessa a Wasteland, numa máquina de guerra conduzida por uma Imperatriz de elite, chamada Furiosa. Este bando está em fuga de uma Cidadela tiranizada por Immortan Joe, a quem algo insubstituível foi roubado. Exasperado com a sua perda, o Senhor da Guerra reúne o seu letal gang e inicia uma impiedosa perseguição aos rebeldes e a mais implacável Guerra na Estrada de sempre.
O filme tem ação frenética e pesada a todo o momento, não deixando você respirar com calma durante toda sua execução. Todo o cenário de Mad Max está de volta, desde os veículos até as perturbações dos personagens. Definitivamente, o filme nos faz pensar se Miller (que era médico de pronto socorro antes de se tornar diretor) deveria mesmo ter ido para animações e filmes infantis como Babe, o porquinho atrapalhado e Happy Feet. Apesar da mudança de protagonista, o filme passa a sensação de não ter esperado nem mesmo um ano completo de seu antecessor, e traz a tona todas as sensações que os fãs da saga deveriam ter.
Charlize Theron é um show a parte. No papel de Furiosa, a protegida de Immortan Joe que acaba se virando contra ele, Charlize deixa a personagem profunda, carismática e, por muitas vezes, heróica. Sua interpretação regularmente rouba a cena de todos ao seu redor, o que acabou rendendo “críticas” misóginas de grupos de ódio norte-americanos. E, obviamente, pessoas que não conseguiram entender até hoje o que Mad Max representa. Sabendo que haverão outros filmes da saga, fica aqui meu pedido pessoal de um filme solo de Furiosa, porque é uma personagem que não pode ter chegado ao seu fim neste longa.
Outro ator que me surpreendeu bastante foi Nicholas Hoult (X-Men First Class, Meu Namorado é um Zumbi). Sempre achei ele bem mediano em suas atuações, mas ele parece ter mergulhado de tal forma no personagem Nux que você consegue perceber a realidade do mesmo, ainda que num universo de ficção. Transfigurado (e olha que estamos falando do cara que interpreta o Fera na franquia X-men), parece que ele foi retirado do verdadeiro universo de Mad Max por Miller e trazido para o nosso universo.
Em resumo, o filme é excelente e agradou quase todo mundo! O Rotten Tomatoes deu 98% de nota para o filme, e a Forbes declarou-o “uma obra prima do cinema de ação”. Se você tem problemas com uma mulher forte e independente se tornar co-estrela desta saga, não assista. Mas seria bom procurar ajuda profissional. Do contrário, não espere mais um minuto para conferir este petardo do cinema, que me fez ter esperanças do que está por vir!
Até a próxima! Para mais resenhas de filme, nos acompanhe!
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