Acho que não levei mais que 3 dias para assistir Jessica Jones logo que estreou na prateleira da Netflix, porém sentar e compor uma opinião sobre o seriado foi pra lá de complicado. Falaria sobre a personagem como herói? Faria comparação com os quadrinhos? Falaria sobre sua vinda ao Brasil? Decidi antes de tudo isso falar da mulher a quem chamam por Jessica.
Krysten Alyce Ritter está dando vida a uma personagem que está gerando muita polêmica, a Jessica Jones. Sempre fazendo papeis de coadjuvante ou estrelando filmes não tão famosos, essa é a primeira vez que a atriz apresenta sua real capacidade de atuar, pois ser Jessica é uma tarefa muito difícil.
Você já deve ter conhecido alguém ou se visto na situação desta investigadora particular. Uma pessoa sem muitas vitórias na vida, com um emprego que mal paga as contas, um apartamento que precisa de vários consertos, com vizinhos esquisitos e sendo só mais uma pessoa comum que passa desapercebida em uma grande cidade. Esta é a Jessica de todos os dias, você já foi ela, e eu também…. essa aparência de uma personagem comum, que não tem uma vida ou emprego grandioso é o primeiro ponto para você se identificar com o seriado. Mas o que então Jessica tem de tão interessante para despertar a loucura de um perseguidor?
O seriado começa com uma mulher que não gosta de se envolver com outras pessoas. Fala pouco e é prática naquilo que exerce. Seus métodos investigativos não são os mais corretos, porém eficazes, e assim ela acaba sempre fazendo um trabalho para uma advogada conceituada.
Não demora muito para se fazer entender de que ela passou por maus bocados. Sem conseguir dormir, bebendo, e relembrando sempre da mesma pessoa falando a seu ouvido percebe-se que ela fugiu de uma situação. Ela usa do sarcasmo para manter todos longe, é rude e não aceita ajuda de ninguém… ela é uma vítima! E sem muitas delongas, cada episódio vai desvendando o que a colocou nesta situação, quem é seu malfeitor e como até alguém com poderes pode ser vítima de abuso.
É um seriado muito real, sem precisar se apegar ao lado fantasioso do universo dos quadrinhos. A maneira em que ela vai se aprofundando em seus casos, ela começa a cair novamente na armadilha de Killgrave, que faz de tudo para tê-la de volta. O personagem vivido por David Tennant é mau de verdade e não mede esforços para fazer da vida dos outros um verdadeiro inferno. Não é nada cósmico, e fenomenal que vai desolar o mundo, mas acaba se tornando algo palpável poi a influência de alguém considerado superior pode colocar muitas pessoas a mercê deste. E assim é Killgrave, um egocêntrico sem escrúpulos que influencia pessoas, comandando-as a realizarem seus caprichos.
Introduzir uma personagem desconhecida dos quadrinhos nessa cronologia da Marvel para as telas foi uma bela sacada. Primeiro por poder fazer uma produção menos elaborada, onde o figurino, o cenário e até mesmo os poucos personagens não demandam tantos gastos, e em segundo pela oportunidade de ampliar o conhecimento dos telespectadores, levando até eles novas histórias e saindo da mesmice.
A Marvel após tomar uma baita prejuízo na cabeça se focou em expandir. Pegou os herois que ainda lhe pertenciam e criou um arco de histórias para alavancar ibope, e por consequência se reerguer no mercado. Este novo universo já criou vida própria e pede por mais histórias e mais sagas, dando liberdade para serem aproveitadas para a televisão além dos cinemas. Este é o segundo seriado da Marvel junto com a Netflix, mas já são 4 seriados que fazem parte da nova fase da Marvel para as telas. Tirando os filmes, e os novos seriados já anunciados. E sabe o que legal de tudo isso? Ver história completamente diferentes acontecendo em uma mesma região: Nova York. Essas histórias exploram o lado heroico, o lado vilão, a força dos personagens, suas origens, suas falhas, seus acertos e seus traumas. O publico se identifica com tudo isso, e agora nós temos a Jessica, a mais próxima de ser o que somos.
O publico aqui no Brasil ama tanto o Netflix que a empresa de streaming apostou nesses fãs e levou para a Comic Con Experience os protagonistas da série. Eles participaram de uma coletiva fechada para imprensa e um painel para fãs e comentaram sobre a importância do seriado para o universo dos heróis.
Kristen reforça que o seriado foca em mostrar o abuso de Jessica, e como existem várias vítimas de assédio espalhadas no mundo, em grande maioria mulheres. O seriado também reforça o Feminismo e sua luta por direitos iguais tanto para homens quanto para mulheres. Os atores acreditam que Jessica Jones foi o primeiro passo para deixar essa mensagem bem entendida. Agradeceram a recepção calorosa e ainda autografaram postêrs do show para fãs.
Se você ainda não teve a oportunidade de assistir Jessica Jones fica aqui nossa recomendação. O seriado é original do Netflix, um serviço de assinatura mensal para conferir seriados e filmes.
Mal podemos esperar pelos próximos lançamentos da Marvel. E falaremos de tudo isso aqui no Sahssaricando!
A série é excelente, leva um personagem da Marvel, um super-herói com seus poderes mas sem entrar no fantasioso.
A atuação dos 2 protagonistas é primorosa, especialmente do David Tennant que encarna o Killgrave como nenhum outro, mesmo não sendo púrpura (ainda bem). Aliás, em todas as cenas em que ele aparece a cor está presente.
Netflix rocks!!!
Falou tudo!!! A Netflix arrebenta com essas produções 🙂
Bjooos
Assisi a toda a temporada e achei super irada… Seus comentarios descrevem bem a históri! Adorei ler! 😉
Obrigada Bruno, fico feliz que gostou dessa resenha.
Grande Beijo!