Fui convidado pelo Cine Roxy para assistir a estréia de Han Solo: Uma História Star Wars. Repleto de polêmica em sua produção e sem o poder de cativar os fãs como os filmes anteriores, minhas expectativas para o filme estavam em baixa, porém tive uma grata surpresa.
Talvez por ir com expectativas bem baixas, o filme como um todo me agradou. Concordo com a maioria das pessoas quando dizem que o filme é desnecessário. Mas um filme realmente precisa ser necessário para acontecer? Han Solo é um filme divertido, um entretenimento pipoca que sempre esteve presente nos elementos da franquia. Além disso, o filme não tem a pretensão de se tornar tão importante e relevante quanto os episódios principais da saga, ele serve como um agrado para os milhares de fãs espalhados no mundo todo.
Os personagens apresentados são carismáticos, a ação do filme é frenética e ele lembra muito um western, o que era a idéia desde o principio. Os atores estão bem em seus papéis, e se sentem bem confortáveis neles, cortesia de Ron Howard que com certeza leva o título de salvador do longa. A dupla anterior de diretores fez estragos consideráveis, o que faz pensar que se Howard estivesse a frente do filme desde o início, talvez tivessemos algo ainda melhor.
Alden Ehrenreich não decepciona como Han Solo, mas também não impressiona. O que acabou pesando muito para o rapaz em críticas. Infelizmente, vestir os calçados de um personagem tão históricamente importante, que ficou imortalizado por um ator do calibre de Harrison Ford é um trabalho muito difícil, e isso acabou prejudicando a visão do público para Alden. Emilia Clarke foi uma surpresa e tanto. Apesar de críticas a sua atuação, ela entrega a personagem e rouba a cena na maioria dos momentos em que aparece. Donald Glover incorporou Lando de tal forma que parece sempre ter interpretado o personagem, uma vez que seu carisma e naturalidade se destacam em cada uma de suas aparições. Chewbacca, interpretado por Joonas Suotamo, novamente coloca o personagem como um dos favoritos de todos os tempos. Os maiores destaques, entretanto, vão para Woody Harrelson, no papel de Beckett, um vigarista de primeira que ensina muito ao jovem Han, e Paul Bettany como o carismático vilão Dryden Vos, nos trazendo um dos vilões que amamos odiar e que instiga a querer conhecer melhor o personagem.
Os maiores problemas do filme estão em sua fotografia, que acaba tornando-se confusa e muito escura em diversos momentos, e na adição de diversos personagens desnecessariamente, como a simpática equipe de Beckett, que embora muito divertida, é completamente desnecessária ao filme.
Para os fãs da saga, é um filme que com certeza vale a pena, seja pela história deste tão querido personagem ou pelas várias referências que aparecem ao longo do filme, nos trazendo uma sensação de familiaridade. Além disso algumas supresas aguardam aqueles que acompanham a série. Para aqueles que não gostam tanto assim de se embrenhar no universo Star Wars, é um filme bem legal, mas descartável. Excelente para uma sessão pipoca ou para assistir algo quando não há nada para fazer, mas sem a profundidade e carga emocional dos outros filmes da franquia.
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