Nesta parte do especial, vamos falar um pouco do impacto cultural da Mulher Maravilha na sociedade e sobre a importância da heroína no cotidiano. Após sua criação, em 1941, a princesa Diana teve uma enorme aceitação em todo o mundo. Isso fez com que sua imagem extrapolasse o universo dos quadrinhos para diversas outras mídias.
A Mulher Maravilha conseguiu sair do status de “Lésbica Anti-Homens”, dado a ela por psicólogos e outros cruzados anti-quadrinhos, para um ícone do movimento feminista e um símbolo de empoderamento feminino. Gloria Steinem, uma jornalista ativista do movimento feminista dos Estados Unidos, alega que desde a família de amazonas de Diana, até seus esforços para ajudar mulheres de todos os lugares são exemplos de mulheres trabalhando juntas e se importando com o bem estar umas das outras.
Isto é um exemplo que passa despercebido ao leitor masculino, acostumado com os outros super heróis se ajudando e ajudando os próximos, mas para um cenário onde as mulheres eram consideradas inferiores, e numa sociedade que até hoje taxa as mulheres como concorrentes ou inimigas, é uma ambientação extremamente importante e necessária. A Mulher Maravilha simboliza os valores femininos que movimentos feministas tentam passar: força e confiança feminina.
A influência da heroína é tanta que neste ano a Organização das Nações Unidas nomeou a Mulher Maravilha embaixadora do empoderamento de mulheres e crianças em uma cerimônia que contou com o secretário geral Ban Ki-moon e duas atrizes que interpretaram a amazona em gerações distintas: Lyndar Carter e Gal Gadot.
Diversos autores anti-quadrinhos tentaram diminuir a imagem da Mulher Maravilha, mas sempre falharam em argumentações e motivos. A personagem é forte, independente e sempre tenta fazer seu melhor para ajudar o mundo, mesmo que as pessoas que ela ajuda nem sempre a agradeçam. Isso, por si só, é a definição de um herói em quadrinhos!
A imagem da Mulher Maravilha também atravessou as páginas de quadrinhos de muitas formas, sendo reconhecida mundialmente sem muita dificuldade. Diversos desenhos, seriados e filmes usam a personagem como referência, o que ajuda a divulgação da amazona.
Entre os programas, podemos citar The Big Bang Theory, Charmed, Frasier, Friends, Os Simpsons, Uma Família da Pesada e Frango Robô. Entre paródias e homenagens, a Mulher Maravilha se tornou mais e mais conhecida e admirada no mundo todo. Em 1972, na primeira capa da revista Ms. Magazine, um periódico feminista muito famoso nos Estados Unidos, uma Mulher Maravilha Gigante protege uma cidade com seu laço, enquanto a machete diz “Mulher Maravilha para Presidente”. Esta icônica capa teve sua representação em museus e periódicos diversos, além de reaparecer na própria revista em 1997. Ainda na Ms. Magazine, uma colagem de todas as capas dos 35 anos da revista formava uma parte da imagem da primeira capa, mantendo Diana como ícone chave da revista e do movimento em si.
Atualmente, um seriado de animação está ensinando garotas a conhecerem e apreciarem o universo das histórias em quadrinhos. DC Super Hero Girls é um desenho cuja proposta é mostrar diversas heroínas da DC, como Bat Girl, Super Girl e Mulher Maravilha em um cenário mais amigável para crianças. Em uma escola de super heroínas, as garotas passam por diversas situações corriqueiras e dessa forma são incluídas no imaginario infantil, que depois pode procurar e descobrir as maravilhosas histórias e sagas das personagens.
O poder de um personagem está em quanto ele consegue impactar nossas vidas e nos tornar pessoas melhores. Por isso, a Mulher Maravilha é uma personagem tão essencial para o mundo e deve continuar influente e atual nos próximos 75 anos de vida!
Até a próxima!
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