Hoje estréia em todas as salas nacionais o esperado conto de fadas da Gata Borralheira, Cinderella. Após muito tempo de espera pessoal, pude assistir esta obra, uma das minhas favoritas que a Disney adaptou tornando-se um live-action.
Pegando como referências Malévola, que foi um sucesso estrondoso no ano passado por trazer uma proposta nova de como contar histórias clássicas, Cinderella chega aos cinemas ampliando o cenário e o prólogo da vida da princesa, colocando novos elementos e inserindo mais detalhadamente a infância de Ella.
Ao iniciar o filme vemos Ella junto a seus pais, em uma infância tranquila e feliz, onde a pequena jovem já demonstrava sua bondade e personalidade forte. Após o falecimento de sua mãe, Ella e seu pai se tornaram muito próximos, sempre recordando dos momentos que viveram ao lado da matriarca. Seu pai saia em muitas viagens e em uma delas encontrou um novo par que o leva a reconstruir sua família. E por força do destino, ele também falece, deixando Ella a mercê de sua nova madrasta e suas meias-irmãs.
Ella cresceu uma bela jovem, virando motivo de inveja e despeito das outras mulheres da casa. Para que fosse fácil subjulgar sua beleza e capacidade de vencer na vida, a madrasta a faz de empregada do lar. E suas meias irmãs começam a fazer trocadilhos com seu nome e as funções que exercia, chegando ao nome Cinderella. Cinder significa “cinza” ou “fuligem de lareira”, que junto ao nome da garota criaram o seu nome referencial.
Daí por diante a história se mantém muito próxima ao filme original, mudando alguns aspectos como por exemplo o primeiro encontro com o príncipe e a enfase na promessa que Ella fez a sua mãe antes dela morrer: De sempre ser gentil!
A produção é extremamente rica, todos os elementos foram cuidadosamente pensados antes de serem inseridos no longa. Figurino, fotografia e trilha sonora impecáveis, e o momento que Ella chega ao baile é de suspirar. Ela é digna de realeza, perfeita!
Além da personagem principal, interpretada pela atriz Lily James, o papel de Cate Blanchet ficou impecável. Trata-se de uma mulher amargurada que vive na sombra de uma primeira esposa falecida e sua filha, bela e formosa que apesar de sofrer os maiores absurdos que ela propõe se mostra forte e corajosa para enfrentar todos eles.
As irmãs são um ponto a se desejar em interpretação, mas percebe-se que é proposital. Elas são pedantes, e extremamente irritantes, mas como todo o enredo e elenco foi minunciosamente trabalhado era esperado que alguém não atraísse tanto a atenção. Resumindo: elas fizeram seu trabalho e ficamos gratos a isso, e só!
Chegando ao momento mágico da narrativa, onde Ella encontra a Fada Madrinha é inserida Helena Bohan Carter. Pessoalmente acho que ela é uma atriz de baita peso para a sétima arte. Além de ser extremamente competente, ela consegue se camuflar em qualquer personagem que interpreta. Uma doida varrida sórdida como Bellatrix, uma trambiqueira em Os Miseráveis e assim por vários outros trabalhos ela consegue captar a necessidade de seu personagem e fazê-lo brilhar, mesmo que por uma breve aparição.
E o príncipe? Bem, ultimamente os personagens masculinos tem sido mais esquecidos das obras da Disney, mas aqui isso não pode ser entendido ao pé da letra. O príncipe tem sua importância, principalmente para a alavancada na vida de Ella, onde ela tem seu final feliz, mas essa “importância” é pincelada de maneira moderada. Ele é atraente, sensível, leal e extremamente corajoso, coisas que não saem diferentes da primeira obra.
Aos outros pontos como trilha sonora e efeitos visuais deixo aqui a recomendação para que você assista ao filme e veja com seus próprios olhos a composição. Vale muito a pena se apaixonar por um conto assim.
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