O mais novo longa da Marvel conta a história de Carol Danvers, em um filme necessário e atual. Capitã Marvel estreou nos cinemas brasileiros em 07/03 com toda a força da heroína sendo colocada a prova.
A proposta do filme é simples, o que talvez tenha feito algumas pessoas não a entenderem. A sinopse é ser uma nova aventura dos anos 90, que mostra um período inédito na história do Universo Cinematográfico da Marvel. Acompanhamos a jornada de Carol Danvers, que se torna uma dos heroínas mais poderosas do universo. Quando uma guerra galáctica entre duas raças alienígenas atinge a Terra, Danvers encontra a si mesma e um pequeno grupo de aliados no centro do turbilhão.
A idéia de escolher os anos 90 é ótima, uma vez que é um período nebuloso no MCU, e um período onde alguns eventos importantes acontecem na história. Eis que recebemos Vers, uma poderosa guerreira pelo império Kree que está ansiosa por sua primeira missão. O filme todo mostra uma leveza e uma descontração que podem incomodar alguns, mas é para isso que ele majoritariamente existe. Para descontrair.
Já sabíamos, ou deveriamos saber, que nenhuma grande revelação seria apresentada neste filme, que vem acompanhado tão de perto pela resolução de um dos filmes que mais deixou o publico ansioso, que é o Vingadores Ultimato. Quem foi assistir Capitã Marvel esperando spoilers e resoluções da briga dos vingadores com o Thanos não só não entendeu a proposta de Capitã Marvel como tem que rever o que sabe sobre sequências em franquias.
CONTÉM SPOILERS
A primeira parte do filme é bem espacial e fantástica, de uma forma até mais high-tech que Guardiões da Galáxia. É nesse momento que somos levados de volta aos Krees, raça alienígena de nobres guerreiros, e seus vorazes inimigos, os Skrulls. Repleto de ação e energia, a primeira parte do filme não peca no quesito ficcional de uma guerra intergalática. Ali somos apresentados também boa parte do elenco principal, e começamos a entender o que aconteceu com a Capitã.
A partir do segundo ato do filme, a heroína cai na terra nos anos 90, em uma cena bem caricata da época. Alias, a caracterização de cenários e objetos cênicos teve um cuidado mais que especial para trazer toda a sensação dos anos 90. A trilha sonora ajuda muito nesse aspecto, com grandes nomes da época tocando e nos levando em uma viagem ao passado. A partir daqui, a Capitã Marvel toma de vez o protagonismo do filme, que é uma lição de vida e com certeza uma obra empoderadora.
As atuações estão ótimas, Brie Larson é incrível e consegue passar a imagem de uma mulher forte, determinada e poderosa sem perder a inocência de alguém que teve seu passado apagado, e que tem apenas resquícios de quem ela era. Samuel L. Jackson apresenta um Nick Fury bem diferente do que nos acostumamos. Ainda cedo em sua carreira, ele representa muito bem o papel de policial de filmes clássicos dos anos 90, não tomando em momento algum a cena da mão de Larson. Ele o tempo todo é um coadjuvante e sabe disso, aproveitando seu espaço para que a atriz possa brilhar. Lashana Lynch dá um show de atuação no papel da melhor amiga de Carol Denvers na Terra, responsável por algumas das melhores cenas dramáticas do filme. Akira Akbar nos entrega uma das personagens mais carismáticas do filme, a pequena Monica Rambeau com maestria, mostrando que tem um excelente futuro pela frente.
Pode não ser o melhor filme da Marvel Studios, mas certamente não está entre os piores. E, acima de tudo, é um filme empoderador. Super heróis foram feitos para o público infantil, gostemos nós ou não. E agora, toda vez que uma garotinha assistir em sua casa ou no cinema esse filme, ela estará segura de que tem uma heroína intergalática para ajudá-la a se levantar todas as vezes e aprender que ela não tem que provar nada para ninguém!
Leave a Comment