Estamos a poucos dias de um 2º turno para escolher o cargo de Presidente no Brasil e a comunicação e a informação pegam fogo de vários pontos de vista. Uma das coisas que me faz escrever este texto é acompanhar por meio de rede sociais a opinião das pessoas a respeito dos candidatos e das propostas de governo. Com tanto avanço nos meios de comunicação chego a pensar que é muito bom ver mais a participação das pessoas sobre uma temática que tanto nos afeta diariamente, mas junto desta satisfação me indago com uma pergunta:
É possível manter uma postura quando se fala de política?
Avaliando bem por cima (afinal não existem estudos que comprovem a teoria a seguir), posso dizer que começamos a nos entender com o assunto Política quando conquistamos a nossa fase adulta. Geralmente na faixa entre 18 a 22 anos já começamos a ter muitas responsabilidades como estudo superior, primeiro emprego, primeira viagem internacional tirada do próprio bolso, morar sozinho, casamento e muitas outras coisas que conquistamos com nossa “maior idade”. Eu diria que nessa altura da vida já devíamos ter uma base sobre governo, afinal, na fase adulta quem dita as regras somos nós, correto? Mas não é bem assim que as coisas funcionam.
Desde pequenos somos influenciados por aquilo que nos cerca, seja a criação de nossos pais, a educação que absorvermos na escola, o convívio social que formamos, enfim, tudo isso nos ajuda a moldar nossa faceta na sociedade. Acrescentamos a isso agora nossa própria personalidade, gostos, sonhos, virtudes e defeitos. Ufa! Quanta coisa não? Então como considerar uma visão política boa e próspera para tantas pessoas tão diferentes? É uma tarefa um tanto quanto difícil e que sempre vão ter obstáculos, porém que não seria tão impossível de aplicar no dia a dia das pessoas.
Sempre fui a favor de debates e reuniões, da mesma forma que temos a influencia de tantos fatores para edificarmos nossa existência, na política não deveria acontecer diferente. Aquelas aulinhas de História que é dada no ensino fundamental eram justamente um dos pontos iniciais para esse tipo de assunto que agora nos cerca, tinham o maravilhoso objetivo de contar o passado para que o futuro fosse moldado. E quem prestou atenção? Nenhum de nós!
No Brasil a política é tratada como “obrigação”, quando na melhor das hipóteses. Se formos olhar para os mais descrentes, é tratada como “piada”. E porque esse pensamento? Influencia. A partir do momento que não temos um ponto de partida do que pensar e de como agir, aquilo que nos é vital torna-se um fardo que carregamos nas costas sem nem conhecer o por quê.
Sempre que observamos a postura do eleitor é de defensiva, e até mesmo hostilidade. Apontam o dedo para candidatos, não confiam no julgamento alheio e se abstém de procurarem qualquer fato que possa desmentir algo trágico pois já se acostumaram com o dito “Tinha de ser no Brasil”.
Eu levo uma situação muito em conta quando esse assunto me vem a cabeça: Se eu saio de casa as 8hs da manha e quando chega 9:30 encontro com um vizinho que me diz que meu apartamento está pegando fogo, qual será minha reação? Imagina se eu virasse para ele e falasse : “Tinha que ser no meu prédio” ? O que quero demonstrar nesse texto é que, minha indignação não pode ir para o eleitorado antes que eu me acerte com o eleitor. A atitude que temos mediante a uma situação é que vai torna-la fácil ou difícil de se resolver. Assim como nossa postura a favor de nossos ideais mostram muito de quem somos e nosso papel entre outras pessoas. Seja qual partido for, qual visão política for… só vai para frente se nós tomarmos uma atitude baseada em sede de mudança e crescimento. Quando a gente aprende o que quer da vida a estrada ganha um rumo formidável, agora quem pede sem saber o que quer, como vai saber onde vai parar?
Então encerro essa reflexão com uma outra pergunta para que possamos fazer uma análise pessoal: Será que eu tenho uma postura quando falo de política?
A imagem que coloco neste texto é de uma realidade que infelizmente ainda não vivemos, de duas pessoas com o mesmo propósito debatendo e demonstrando suas opiniões de maneira eficaz e construtiva. Pode parecer bobeira, mas ainda é possível sermos assim e elegermos pessoas que tenham isso em mente.
E que vença o Brasil em todas as estâncias. Seja azul ou vermelho, que traga coisas boas para todos nós!
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