É muito dificil fazer uma crítica de um filme que começa com filhotinhos, e cuja protagonista é uma lindíssima pit-bull. O problema de filmes com protagonistas animais é que é muito dificil não ter empatia com os personagens, o que acaba tornando uma forma fácil e pouco criativa de cativar o público.
Baseado no livro de W. Bruce Cameron, um autor que abusa dessa técnica com animais como argumento. O filme é uma fofura, em grande parte pela carismática protagonista, mas nem mesmo ela consegue esconder as falhas do filme.
O filme conta a história de Bella, uma cadelinha especial que vive com Lucas, um estudante de medicina veterinária que trabalha como voluntário em um hospital local. Um dia ela é encontrada pelo Controle de Animais na rua e acaba sendo levada para um abrigo a 400 milhas de distância de seu dono. No entanto, Bella, uma cachorra extremamente leal e corajosa, decide iniciar sozinha uma longa jornada de volta para a casa, emocionando a todos que cruzam o seu caminho.
Com esta sinopse, você já pode esperar um filme focado em tentar forçar emoções no espectador. A cachorrinha Bella é sem dúvida o ponto mais alto do filme. Cheia de expressão, Bella é muito provavelmente a grande estrela do elenco do filme, que não é nada realmente impressionante. As cenas são lindas e em alguns momentos bem impactantes, mas a repetição exagerada de Bryce Dallas Howard, que faz a voz da cadelinha, deixa as cenas pouco empolgantes e muitas vezes cansativas. A voz inclusive tira o tom do filme nos momentos mais dramáticos, deixando tudo fora do eixo.
Durante uma parte do filme, a pequena Bella faz amizade com um filhote de puma. Apesar da história ser muito bonita, fazer um paralelo com a infância de Bella e mostrar de forma simples como uma amizade pode se fortalecer, o CGI usado para fazer o filhote de puma é horroroso, e só piora quanto maior o animal fica. É amador e feio, passando uma impressão de irrealidade que não consegue largar o animal e deixando essa parte do filme bem incômoda. Com os avanços tecnologicos no campo da Computação Gráfica, é assustador que alguém ainda apresente um resultado final como esse.
Próximo do fim, uma série de eventos aleatorios que parecem forçar a barra para as coisas acontecerem, entregando um filme fraco e sem expressão. A não ser que você veja pelos bichinhos, que são todos uma graça e é muito divertido de ver.
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