A Cabana

Na última terça feira fomos convidados pelo Cine Roxy para a estréia de A Cabana, filme baseado em um best seller gigante de mesmo nome. Um grande problema de adaptações é que elas geralmente já vem carregadas de críticas de seus fãs, mas as vezes cuidado demais também pode ser um problema.

Depois de 10 anos aguardando, o filme finalmente chega contando a história de Mack, um pai de família que vive feliz e contente sem muitos problemas, apesar de um segredo o atormentar. Em uma viagem, Mack tem de lidar com o tormento de sua filha desaparecer.

Sinais de que a garota foi violentada e assassinada são encontradas em uma cabana, que persegue os sonhos de Mack. Anos depois do ocorrido, ele recebe uma carta misteriosa que pede para que ele volte a cabana, onde encontrará uma verdadeira lição de vida.

Com esta sinopse, já é de se esperar que o filme mostre redenção, perdão e superação. E o filme mostra tudo isso, com o único problema de que ele força demais essa situação. O grande encontro de Mack é com Deus, em suas três facetas conhecidas. O Pai, ou Papa, como sua filha costumava chamar deus, é interpretado por Octavia Spencer.

Uma mulher, porque Deus acredita que Mack não se sentiria confortavel com uma imagem masculina naquele momento. O Deus de A Cabana é pouco comum comparado a versões mais conhecidas dele. É um Deus que transmite paz e amor o tempo todo, que interage diretamente com seu filho desviado e mostra que nem tudo pode ser impedido ou explicado.

Essa versão de Deus cativou muitas pessoas, o que explica o latente sucesso do livro, mas foi passada para o cinema repleto de clichês, acompanhado de uma direção que te força copiosamente a se emocionar, sem necessidade disso, dada a profundidade da história em si.

As cenas com Avraham Aviv Alush, que interpreta Jesus Cristo, são boas, mas não se destacam como o fazem no livro. Acabam servindo de momentos de interlúdio entre as partes realmente importantes do filme. Sarayu, interpretada por Sumire Matsubara é um personagem que diversas vezes fica apagada, não dando a importância que a personagem merece.

Um ponto positivo para a brasileira Alice Braga, que consegue se encontrar no papel de Justiça em uma cena bastante impactante. Esta parte primordial para o entendimento de Mack em sua jornada de aprendizado.

O filme deve ser visto pelo que ele é: Uma jornada espiritual. E nesse aspecto, a mensagem é passada de forma bem clara e didática, permitindo que você tenha a expêriencia que o livro passa. Se você gosta deste tipo de filme, ai sim com toda a certeza vale a pena conferir A Cabana!

Alvaro Ramos

30 anos, marido da Sah e co-fundador do Sahssaricando. Gosta de tudo relacionado ao mundo Geek, RPG e muito Metal!

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