A história que aterrorizou muitos jovens em 1999 está de volta, repaginada. A Bruxa de Blair renova seu elenco, mas mantém muito do que foi utilizado como ferramenta narrativa em sua primeira versão.
Um grupo de estudantes se aventura na floresta Black Hills para tentar descobrir o mistério do desaparecimento da irmã de James (Jams Allen Mccune). Muitos acreditam que o desaparecimento de Heather e alguns colegas está diretamente relacionado a lenda da Bruxa de Blair. Inicialmente o grupo está esperançoso, e acaba se aliando a um par de moradores locais que se oferecem como guias, mas enquanto a noite eterna se aproxima, o grupo começa a ser visitado por uma estranha presença, levando o grupo a acreditar aos poucos que a lenda é mais real e sinistra do que eles imaginavam.
De acordo com a lenda, a imagem da bruxa é tão terrivel que qualquer um que olhe diretamente pra ela morre imediatamente de susto. Em 1999, um grupo de três jovens com câmeras super 8 foi imvestigar a floresta para verificar se ela existia. Eles nunca foram encontrados depois disso, e presume-se que estejam mortos. Os videos que eles deixaram para trás, entretanto, renderam uma bilheteria de 250 milhões de dólares e a popularização do terror com “gravações encontradas”. Nessa nova sequência, que sabiamente ignora os eventos de A Bruxa de Blair 2, o vídeo dos estudantes se torna viral no youtube, especialmente a parte final aonde um homem fica encarando uma parede em um canto escuro.
Nos dias de hoje, um novo grupo de estudantes, entre eles o irmão de Heather, da primeira equipe, decide ir até a floresta e descobrir o que realmente acontece entre aquelas árvores. Especificamente, eles estão atrás da casa onde as filmagens ocorrem. Os jovens vão bem melhor equipados desta vez, com câmeras de alta resolução, gps e até mesmo um drone para auxiliar a localização.
A Bruxa de Blair é a mais nova colaboração entre o escritor Simon Barrett e o diretor Adam Wingard, e é esencialmente um remake do primeiro filme da série, com uma produção melhor e algumas tomadas para assustar o espectador. Neste novo filme, história e o roteiro são deixados de lado para dar espaço para cenas rápidas, mudanças frenéticas de foco e muitos barulhos e gritos, causando desconforto no espectador e gerando sustos aleatóriamente. Pelo menos um terço do filme é passado com os personagens correndo pela floresta gritando os nomes uns dos outros, e com o tempo você acaba ficando acostumado com a situação e perde o foco que o filme tenta manter-se, talvez porque o pano de fundo da saga é bem raso. Os momentos finais tornam-se interessantes e viscerais, mas a tentativa de explicar a situação é falha e não ajuda muito o resto do longa.
Em resumo, é uma excelente opção para quem gosta de tomar sustos, da mesma forma que um trem fantasma em uma tela de cinema.
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