Está acontecendo no Rio de Janeiro as Olimpíadas de 2016 e não falta motivos para sentirmos orgulho dos atletas maravilhosos que estão nos representando por lá. Mas uma coisa ficou muito clara nesse evento : Esporte é coisa de menina sim!
Quando as Olimpíadas modernas tomaram forma, em 1896, o Barão Pierre de Coubertin decidiu vetar a participação de mulheres por questões sócio-antropológicas. Então, dos 241 atletas inscritos, nenhum era mulher. A grega Statmata Rivithi decidiu percorrer o trajeto da maratona um dia depois da competição, e terminou apenas quatro horas e meia depois. Esse ato iniciou a inserção das mulheres nos jogos olímpicos. Apenas em 1900, entretanto, as mulheres puderam começar a competir nos jogos, contra a vontade do Barão e com números reduzidos. Eram apenas 22 mulheres contra 997 homens. Os esportes em que elas podiam competir eram apenas Críquete, Golfe e Tênis, pois eram considerados esportes belos e não possuírem contato físico. Atualmente, em 2016, as mulheres alcançam o histórico resultado de 45% do total de atletas registrados.
Este ano, elas estão inseridas em todas as modalidades, e o que os jogos tem nos mostrado é que a capacidade e habilidade delas não deixam em nada a dever para seus colegas do sexo masculino. São elas que garantem a países como China e Estados Unidos seus lugares no topo da lista de medalhistas. E nossas brasileiras não tem ficado para trás, demonstrando grande habilidade e talento e conseguindo chegar cada vez mais aos pódios do evento.
Rafaela Silva foi nossa primeira medalha de ouro desta edição das Olimpíadas, e é um exemplo de esforço e superação. Ela teve que passar por diversas barreiras para chegar ao topo, desde o fato de ser mulher, negra e de periferia, até sofrer diversas ofensas por não ter conseguido a medalha nas olimpíadas anteriores, em Londres. Com muito treinamento e dedicação, ela conseguiu dar a volta por cima e mostrar a todos os críticos sua habilidade. Mayra Aguiar, também do judô, foi medalhista de bronze nesta edição, carregando a bandeira do Brasil para mais um pódio. Poliana Okimoto também subiu aos pódios para receber a medalha de bronze, em uma competição extremamente árdua, que é a maratona aquática de 10km.
Muitas outras mulheres ainda estão na corrida para tentar garantir uma medalha para o país, entre elas as meninas do futebol, que sempre tem uma atuação brilhante e cheia de técnica, as duplas de vôlei de praia, ambas nas semi-finais, entre muitas outras. Em um país tão grande e abastado como o nosso, talvez essas atletas consigam mostrar a necessidade de incluir e auxiliar o esporte nacional, pois muitas delas sofrem com patrocínios, tão essenciais para a carreira de atleta. Deixamos nossa torcida para estas garotas, que conquistem com suas vitórias muito mais do que medalhas, mas também um mundo menos desigual e difícil de concretizar sonhos!
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