Yayoi Kusama nasceu em 1929 e desde seu nascimento sofre com alucinações. Diagnosticada esquizofrênica, Yayoi conta que sempre foi atormentada por visões distorcidas, que a faziam enxergar bolas e pontos em todos os lugares. Sempre teve problemas com sua mãe, uma mulher de negócios que não aceitava a vida artística da filha, chegando a agredi-la fisicamente por conta disso, o que acabou por piorar o quadro clínico de Kusama, além de gerar uma forte instabilidade emocional. Como forma de fuga da realidade, ela começou a utilizar guache, aquarela e tinta óleo para preencher folhas e quadros com bolinhas, ou pontos do infinito, como ela costuma chamar.
Além dos problemas já citados, Yayoi também desenvolveu TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), e as bolinhas viraram uma obsessão em sua vida, que acabou por se tornar uma espécie de assinatura da artista. Ela trabalhou com grandes nomes da arte pop, como Andy Warhol, Joseph Cornell e Donald Judd. Em 1973, Kusama estava com um quadro clínico muito piorado, e decidiu internar-se em uma clínica psiquiátrica, aonde vive até hoje, por vontade própria. Hoje, ela possui um apartamento a alguns minutos da clínica, que usa como ateliê para suas novas criações.
A exposição, chamada “Obsessão Infinita”, além de quadros da artista, conta com diversos jornais e revistas antigos, além de algumas salas interativas, para passar a ideia de como a artista vê o mundo.
A Exposição fica no Instituto Tomie Ohtake, na Avenida Faria Lima, nº 201, em Pinheiros, e ficará lá até o dia 27 de julho. A entrada é gratuita!
Vale a pena conferir!
Leave a Comment