A convite do Cine Roxy, conferimos ontem 13/7 em uma ação especial ao Dia do Rock o filme Elvis, que retrata a vida do consagrado Rei do Rock.
Antes de falar do filme vamos entender como o Rock surgiu?
O Rock nasceu como uma mistura dos gêneros musicais Blues, Country e Jazz que chegaram aos Estados Unidos através de escravos que saíram de África para trabalhar nas lavouras.
Até os anos 60 existia a segregação racial no país, que impedia negros de frequentarem os mesmo lugares e estabelecimentos que brancos, sendo assim, pessoas brancas não se interessavam e não conheciam musicas e outras obras de pessoas negras.
Elvis Presley cresceu em uma comunidade afro-americana, tendo influencia cultural e religiosa, onde a musica tem presença muito forte. Elvis usou dessa inspiração de sua criação vinda dos negros para carreira fazendo assim os olhos da população branca se voltarem para ele e o aclamarem como “um branco com voz de negro”.
Um filme feito pela perspectiva de um vilão
Algo original no filme que retrata a vida do artista é que esse é narrado por uma personagem secundária. Diferente das narrativas nas produções como Rocketman e Bohemian Rapsody, em Elvis temos um narrador dos fatos da vida de Elvis, seu empresário ‘coronel’ Tom Parker (Tom Hanks).
Tom Parker ao saber que um garoto branco estava fazendo sucesso com “sua voz de negro” logo viu nele a galinha dos ovos de ouro. A trama aborda o complexo relacionamento entre o cantor e seu empresário, que a todo momento em tela justifica suas atitudes controversas e tenta reverter sua culpa sobre os acontecimentos a Elvis.
O filme é longo porém muito vibrante, entre mudanças dinâmicas de cenário, musicas embalantes e figurinos maravilhosos, as duas horas e quarenta minutos não cansa.
O filme deixa de maneira isenta a responsabilidade de Elvis por fazer sucesso com musicas de outros artistas, em grande maioria negros que na época não alcançariam a repercussão que Elvis teve. Mas mostra que esses artistas sempre estiveram presentes na vida do cantor. Em eterminado momento, de manira singela, Elvis escuta a musica Hound Dog e afirma querer gravar a musica, que se tornou um dos seus maiores sucessos.
É um filme que estuda bem da fonte mas em nenhum momento retrata Elvis biograficamente. Tom Hanks rouba todas as cenas como o empresário sanguessuga e deixa a figura de Elvis intacta, narrando sua trajetória de forma respeitosa.
Austin Butler nos serve a melhor personificação do Elvis, o que é uma tarefa dificil e desafiadora pois o artista é o mais copiado no mundo todo. Sua semelhança é admirável, a voz rouca e os olhares são bem feitos a ponto de nos envolver na produção e quase acreditar que Elvis está ali.
É um filme que precisa ser visto, pelos saudosos fãs para matar a saudade e pela nova geração para nunca esquecer as grandes lendas da musica.
Elvis, Freddie Mercury e Elton John estão gravados em obras cinematográficas excelentes, e nós mal podemos esperar para que outros grandes artistas ganhem filmes vibrantes assim como esses.
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