Longa-metragem sobre ocupações estudantis, com Lucélia Santos no elenco, e dirigido por Diego da Costa, levou o prêmio da Mostra Humanidades na quinta edição do Festival de Cinema de Santos. Sessão ocorrerá em 5 de novembro, no Instituto Arte no Dique, 16h30, com presença do cineasta e atores.
O Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos chegará à sua oitava edição de 21 a 28 de junho de 2022. Mas como tem sido tradição, o festival promove iniciativas durante o ano, como sessões para crianças que nunca foram ao cinema, além de palestras e bate-papos. Agora, o mais importante festival de cinema do litoral paulista inicia uma itinerância. No dia 5 de novembro, 16h30, uma sexta-feira, acontecerá uma sessão gratuita do filme Selvagem (2021, 95 minutos), no Instituto Arte no Dique (Rua Brigadeiro Faria Lima, 1349, Rádio Clube), ONG que atua há 19 anos promovendo a inclusão social por meio da cultura no Dique da Vila Gilda, onde 26 mil pessoas vivem na maior favela sobre palafitas do país e região de menor IDH da Baixada Santista. A classificação indicativa do filme é 10 anos.
A exibição do longa-metragem será seguida por bate-papo com o diretor Diego da Costa, o produtor Well Darwin e dos atores Julianna Gerais e Everson Anderson.
A sessão é uma parceria entre o festival, a Pietá Filmes, e conta com apoios do Arte no Dique e do Restaurante Beduíno. A entrada é gratuita, por ordem de chegada e o evento respeitará todas as normas relativas ao covid-19.
Serviço:
Itinerância Santos Film Fest – Sessão do filme Selvagem.
– Sexta-feira, 5 de novembro, 16h30.
– Instituto Arte no Dique – Rua Brigadeiro Faria Lima, 1349, Rádio Clube.
– Exibição seguida de bate-papo com o diretor diretor Diego da Costa, o produtor Well Darwin e dos atores Julianna Gerais e Everson Anderson.
– Entrada gratuita, por ordem de chegada.
– Capacidade: 50 lugares.
– Classificação indicativa: 10 anos.
Sobre o filme:
Destaque em festivais, o longa-metragem acompanha Sofia, cujo objetivo é passar no vestibular, achar um emprego e sair de casa. Porém, quando a escola onde estuda é ocupada pelos seus amigos e colegas de classe, ela se vê em um dilema entre continuar estudando sozinha ou compartilhar seu conhecimento na transformação da escola.
Foi premiado com o Troféu Humanitário no 5º Santos Film Fest, figurou entre os 15 finalistas dos Brasil para o Oscar de Filme Internacional em 2022, além de ter recebido as seguintes premiações: 42º Festival Guarnicê de Cinema: Melhor Filme, Atriz, Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante, Desenho de Som e Trilha Sonora Original; 14º Festival Latino-Americano de São Paulo: Melhor Filme do Público; XV Panorama Coisa de Cinema: Melhor Filme do Juri de Cachoeira; 3º Festival de Cinema de Jaraguá do Sul: Melhor Direção; 2º Palmacine: Menção: Honrosa (competitiva apenas para curtas); 2º Inhapim Film Festival: Melhor Maquiagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Atriz coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Produção e Melhor Filme; FESTCIMM 2021: Melhor Filme, Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro, Melhor Som; 2º Festival Saindo da Gaveta: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Ator, Melhor Atriz; Offcine 20: Melhor atriz coadjuvante – Lucelia Santos, Melhor Fotografia, Melhor Direção Melhor Produção, Melhor Filme.
Inspirado em fatos reais, Selvagem é um filme de amadurecimento que aborda uma tomada de consciência política da juventude. Mas, diferente da norma deste gênero cinematográfico, não apenas deste ou daquele personagem e sim, de toda uma coletividade. Em Selvagem, são as relações sociais das personagens que criam a ação dramática.
Com a preocupação de obter interpretações e situações naturalistas, foi realizada uma profunda pesquisa junto aos jovens que participaram das ocupações e que colaboraram com ideias que foram incorporadas à criação das personagens e do roteiro. Nesse processo, selecionamos alguns destes jovens para atuarem no filme.
Tendo em vista que grande parte do imaginário das manifestações populares atuais é constituído pelas câmeras de celulares, “Selvagem” opta por seguir o caminho inverso: uma câmera principal, movimentos e composições de cena com referências do cinema clássico, a partir de triangulações dentro do quadro na relação do elenco com a câmera.
ELENCO: Lucélia Santos, Rincon Sapiência, Kelson Succi, Fran Santos, Juliana Gerais, Paulo Pinheiro, Érica Ribeiro, Rafael Imbroisi, Dagoberto Feliz, Lucélia Sérgio, Vilma Melo, Everson Anderson, Leonardo de Sá, Jady Maria Bandeira, Felipe Marinho, Renata Jesion, Igor Veloso, Fabricio Zava, Melina Marchetti, Cleyton Nascimento, Mona Rikumbi, Bárbara Arakaki, Victória Ferreira, Juracy de Oliveira, Nadja Kouchi, Ligia Yamaguti, Matheus Prestes, Bia Paganini, Alexandre Correia, Bianca Cristina, Daniel Arcanjo.
EQUIPE
Diretor Diego: da Costa
Produtor Well: Darwin
Produtor Executivo: Rodrigo da Costa
Produtor de elenco: Igor Veloso
Diretora de Fotografia: Giovanna Pezzo
Técnico de som: Carolina Barranco, Rafael Ribeiro
Produtor musical: Rafael Bertelli Sartori
Directora de Arte: Patricia Passos
Figurinista: Camila Pizziolo
Maquiadora: Carol Ribeiro
Montador: Sergio Gag
Editor/Mixing: Eduardo Barbosa e Fernando Ianni
SOBRE O FESTIVAL
Realizado com sucesso em 2014 e 2015, ainda como Mostra Cine Brasil Cidadania, reunindo filmes de longa-metragem brasileiros contemporâneos inéditos na Baixada Santista, a partir de 2016, com a inclusão de produções estrangeiras e a necessidade de atender à demanda e aumentar a programação, passou a se chamar Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos, organizado pelo Instituto Cinezen Cultural, de André Azenha e Paula Azenha, surgido em 2009 como site de cinema e que passou a promover diversos projetos culturais como Nerd Cine, Palafitacon, CulturalMente Santista – Fórum Cultural e Criativo de Santos, bate-papos culturais e sessões de cinema itinerantes e filantrópicas.
Nestes seis anos, o SFF exibiu cerca de 500 filmes, nacionais e estrangeiros, promoveu mais de 100 atividades formativas gratuitas entre bate-papos, oficinas e masterclasses, além de exposições e apresentações musicais com artistas regionais, envolvendo mais de 400 profissionais das mais diversas áreas culturais.
O Festival vem ressaltando a importância da representatividade, com filmes e presenças de artistas negros, LGBTQIA+, mulheres.
Já foram homenageados no festival artistas como Luciano Quirino, Ondina Clais (que passaram a batizar os troféus entregues anualmente), Rubens Ewald Filho, Eliane Caffé, Daniel Rezende, Angela Zoé, Paulo Betti, Sergio Rezende, Julia Katharine, Adelia Sampaio, Andrea Pasquini e Rodrigo Aragão. O festival fez retrospectivas de todos estes profissionais, além do cineasta Elder Fraga, promoveu sessões de filmes clássicos em cópias restauradas, virada cinematográfica com café da manhã, e muitas outras iniciativas.
SANTOS E O CINEMA
A relação da cidade com o cinema nasceu em 1897, com sua primeira exibição cinematográfica, e, a partir daí, os santistas se apaixonaram pelo cinema, chegando a ser a cidade com maior número de salas por habitante do Brasil nos anos 30, a famosa “Cinelândia” – hoje tem 22 salas comerciais e 5 públicas de cinema, além de cineclubes, projeto de cinema itinerante e cursos de graduação e pós-graduação em audiovisual.
Na Baixada Santista, importantes festivais pavimentaram o caminho, como o Festival de Guarujá, nos anos 70, e o Festival de Cinema Brasileiro de São Vicente, na virada do século. O Santos Film Fest presenteou a Baixada com um festival internacional apresentando longas-metragens e tornou-se a principal vitrine da produção regional. Sua maior edição foi em 2018, com mais de 100 filmes – pela primeira vez na região um festival apresentou programação tão extensa.
COLEÇÃO SANTOS FILM FEST
Desde sua primeira edição, o Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos tem como um de seus principais objetivos o resgate histórico e a preservação da memória cinematográfica, em especial, a do cinema nacional. Afinal, para entendermos o presente e planejarmos o futuro, precisamos conhecer a fundo nosso passado.
Com suas exposições, como aquelas em homenagem às atrizes Sonia Braga e Julie Andrews, reunindo o acervo pessoal do crítico de cinema e artista plástico Waldemar Lopes, com cartazes, discos de trilhas sonoras dos filmes estrelados pelas duas, DVDs, laserdiscs, blu-rays, livros, e itens raros, Além da Cor da Pele, organizada por Lukinha Figueiredo e que escreveu textos em fotos do ator Luciano Quirino (padrinho do SFF), bem como a que levou ao público os itens pessoais do crítico santista Rubens Ewald Filho. Ou, ainda, duas sobre cultura pop: respectivamente sobre os 80 anos de Superman e Batman – esta última com mais de 3 mil visitantes.
E, ainda, em sessões de filmes clássicos ou cults, com destaque para: Oito e Meio, de Federico Fellini, exibido em versão 4K na sala 5 – de tela quase tamanho Imax – do Cine Roxy, os 40 anos de Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto, os 35 anos de Vitor ou Vitória? (1982, de Blake Edwards), Lamarca (1994, de SErgio Rezende), Hair (1979, de Milos Forman), retrospectivas das cineastas Eliane Caffé, Agnés Varda, Angela Zoé, do diretor Elder Fraga, dos documentaristas santistas Wladimyr Cruz, Carlos Oliveira, etc.
A Coleção Santos Film Fest surgiu para complementar e expandir esse ideal: em 2018, publicou um livreto em formato autobiográfico do crítico santista Rubens Ewald Filho, homenageado daquela edição e, no ano seguinte, o livro Grandes Interpretações do Cinema Brasileiro, uma coletânea de artigos do crítico Waldemar Lopes sobre atuações memoráveis de astros e estrelas do nosso cinema a exemplos de Sonia Braga, Darlene Glória, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Sérgio Mamberti, Bete Mendes, Nuno Leal Maia, entre outros.
A partir de 2021, essas publicações foram atualizadas e reeditadas, pelo selo CineZen Edições Literárias, de André Azenha e Paula Azenha. A seguir, foram lançados Adelia Sampaio: O Segredo da Rosa, autobiografia da primeira cineasta negra brasileira a lançar um longa em circuito comercial, História do Santos Film Fest, e ainda Ondina Clais: A Dama do Mar – 35 Anos de Travessia, autobiografia da atriz, e Grandes Curtas: Curtas-Metragens de Grandes Cineastas, de André Azenha, coletânea de artigos sobre filmes de curta duração que transformaram carreiras de cineastas brasileiros e estrangeiros. Tanto o livro sobre Adelia, a versão atualizada da autobiografia de Rubens Ewald Filho e a história do festival possuem versões em e-book para download gratuito, já a versão de 2021 do livro de Waldemar Lopes, a autobiografia de Ondina Clais e Grandes Curtas estão para venda (interessados podem entrar em contato pelo Whats em 13 99614-0963).
www.youtube.com/santosfilmfest (no canal há palestras e bate-papos das edições anteriores)
Leave a Comment