Tivemos a oportunidade de conferir o nono episódio da saga Star Wars graças ao Cine Roxy, e hoje falamos um pouco sobre essa experiência que encerra um ciclo de mais de 40 anos.
O primeiro ponto a se destacar é que esse novo filme não tenta trazer novas referências e pontas soltas, uma vez que se propõe a fechar o arco criado pelos oito filmes anteriores. Dito isso, o ponto principal do filme é encerrar a história da família que norteou toda a saga, o que o filme faz de forma carinhosa e nostálgica. O longa distoa completamente de seu antecessor, que tentava renovar o universo Star Wars por completo, e apesar de ser uma excelente obra de arte, acabou afastando fãs da franquia. É com esse pensamento que J. J. Abrams retoma a direção e cria um filme cheio de ação e imediatismo.
Os elementos clássicos da saga Star Wars estão todos ali. A missão acaba recebendo camadas em cima de camadas, personagens misteriosos aparecem para diálogos profundos, viagens espaciais e jornadas épicas levam os protagonistas ao seu destino. Um dos pontos altos do filme, inclusive, é a interação dos protagonistas, que acabam se tornando grandes amigos tanto entre eles quanto dos espectadores, nos fazendo sentir que mais tempo com o grupo seria ideal. O filme também não se foca muito em explicações desnecessárias e justificativas para cada cena que acontece, priorizando a ação e compreendendo que Star Wars é um universo próprio e pode existir sem que cada detalhe seja minuciado para nós.
Talvez o elemento que mais atrapalhe a produção tenha sido o falecimento da incrível Carrie Fisher, uma vez que suas gravações foram poucas, e deixam a personagem mais afastada do que todos gostariam. Ainda assim, você identifica a presença de Leia em todos os momentos no qual a atriz aparece, e é dificil segurar as lágrimas nesse momento.
O filme acaba parecendo apressado, um problema de encerrar uma trilogia tão grande e complexa, mas o tempo de A Ascenção Skywalker é bem aproveitado através da Ação e Reação que ocorrem o tempo todo no filme. A aparição de alguns personagens clássicos, entre eles o Imperador Palpatine, não tem muita explicação, e nem deveria ter. Como dito anteriormente, o Universo em que Star Wars passa é vivo, e novas ameaças surgem o tempo todo, sem que necessáriamente o espectador tenha que entende-las.
O filme de fato possui muito do chamado fanservice, apelando para o público que havia dado as costas ao episódio VIII. Porém, o filme de Abrams nos dá competência e qualidade em meio ao conteúdo nostálgico e entregue para os fãs da saga. Um ótimo encerramento para uma história que faz parte da vida de tantas outras pessoas.
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