Após 11 anos e 23 filmes, a Marvel finalmente encerra seu primeiro grande arco de histórias com Vingadores: Ultimato. Muito mais que um filme, a expressão de toda a grandeza que o universo cinematográfico pode atingir foi condensado nas 3 horas de duração do longa.
Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores têm de lidar com a perda de amigos e entes queridos. Com Tony Stark vagando perdido no espaço sem água e comida, Steve Rogers e Natasha Romanov lideram a resistência contra o titã louco.
O filme começou a mostrar sua força antes mesmo de estar nos cinemas. Com a maior bilheteria de uma pré-estreia da história, Ultimato acabou se tornando um fenômeno mundial da cultura pop. Os filmes de super heróis deixaram de ser cinema de nicho para expandir para o público comum, que lotou e ainda está lotando salas de cinema dia após dia. Os eventos criados em seu antecessor, Guerra Infinita, deixaram os fãs criando teorias, tentando encontrar pistas em trailers e em cenas que podiam ter passado batidas no filme anterior. O fato é que, mesmo que Kevin Feige, chefão do UCM (Universo Cinematográfico Marvel), afirme que o próximo filme do Homem Aranha será o último da fase 3, dificilmente ele superará o efeito avassalador que Ultimato nos trouxe.
Um filme com tantas teorias e tantas idéias do que aconteceria obviamente teria alguns momentos que os fãs já haviam advinhado, porém um dos destaques do filme é que a forma como as coisas acontecem são surpreendentes, mesmo para aqueles que acertaram a maior parte de suas apostas com relação aos acontecimentos do filme.
Logo na abertura, o filme já emociona mostrando a família do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) desaparecendo após o estalo, e seu desespero de perder aqueles que ama sem entender o porque. Enquanto isso, Tony Stark (Robert Downey Jr.) está a deriva no espaço, preso com Nebula (Karen Gillian), e os Vingadores que restaram tentam pensar em alguma atitude a ser tomada como resposta ao estalo de Thanos (Josh Brolin). O filme explora muito bem a situação desesperadora e o efeito devastador que Guerra Infinita teve nos heróis e na população da Terra, e mostrando como os que ficaram tentam sobreviver.
Thor (Chris Hemsworth) está mais próximo ainda de sua contraparte de quadrinhos conhecida como “Thor Indigno”, se culpando pelos erros que levaram ao Ultimato e caindo em sua própria amargura, bem diferente do Thor em ascensão que estavamos nos acostumando após Thor Ragnarok e Guerra Infinita. A Capitã Marvel (Brie Larson) chega para se apresentar aos heróis, e apesar de sua participação nos eventos do filme não ser grande, é claro que o nível de poder dela é uma preparação para o que virá daqui para frente. Bruce Banner (Mark Ruffalo) demonstra um amadurecimento ótimo para o personagem, na figura do Professor Hulk, união de suas duas personas. Apesar de não ter agido como um combatente de linha de frente nesse filme, o personagem foi extremamente importante para a história e ainda ficou pronto para seguir no UCM nos planos de fundo, ajudando os novos heróis que virão.
Uma das personagens que mais se destacou no filme foi a Viúva Negra (Scarlett Johanson), que havia sempre sido colocada de lado nos filmes em que participou. Aqui vemos uma evolução incrível da personalidade da Viúva, além de conhecermos um pouco melhor suas aspirações e sentimentos com relação a equipe. Seu sacrifício é um dos momentos mais marcantes do longa, e sua força de vontade é o que mantém a equipe unida e disposta a seguir em frente.
Scott Lang (Paul Rudd) é muito mais do que um simples alívio cômico, embora alguns dos momentos mais engraçados do filme sejam por conta dele. É Scott que acaba sendo a mente por trás do plano de salvação da humanidade, embora lhe falte o conhecimento técnico para executar o plano. É ai que entra Rocky (Bradley Cooper) com seu vasto conhecimento de engenharia, além de seu carisma único.
As grandes estrelas do filme, entretanto, são os dois maiores ícones dos vingadores. Tony Stark está vivendo em um sonho, mas não consegue deixar as milhares de vidas inocentes para trás e volta a se reunir com a equipe, fazendo as pazes com Steve Rogers (Chris Evans), o Capitão América. Nesse filme, podemos entrar na mente dos dois heróis, que passam por uma jornada de transformações, realizações e sacrifícios para atingir seu objetivo: Salvar o Mundo.
Stan Lee faz seu último cameo neste filme, uma homenagem divertida e maravilhosa para este que é um dos nossos heróis da vida real.
O filme é tão dinâmico que dificilmente se percebe suas 3 horas, com momentos emocionantes, engraçados e lutas de proporções nunca antes vistas. Pode não ser considerado o melhor da franquia, mas para quem acompanha a saga desde o primeiro filme do Homem de Ferro, e mais ainda para quem é apaixonado pelos heróis desde quando vê-los fora dos quadrinhos era uma idéia impensável, é um momento catártico e maravilhoso, e a vontade é de que façam muitas outras horas para nos prender na cadeira e nos fazer vibrar com a equipe da Marvel.
Assistir este filme é mais que ver um longa no cinema, é uma experiência, seja você novo no universo Marvel ou acompanhante desde o começo. Então não perca tempo, corra para o cinema e veja o quão especial esse universo pode ser!
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