Bohemian Rhapsody

O Cine Roxy nos convidou para conferir a pré-estréia de Bohemian Rhapsody, cinebiografia da lendária banda de rock Queen.

O longa é divertido, tem uma trilha sonora incrível e é perfeito para fazer qualquer fã da banda sair da sala de cinema com lágrimas nos olhos. A trajetória desde a formação da banda até seu icônico show no Live Aid emociona o público e é muito bem estruturada, mas a produção do filme se mostra por demais conservadora e seguindo fórmulas, o que no próprio filme o vocalista se esforça em quebrar ao apresentar ao mundo a música de título homônimo ao filme. Por momentos, as partes mais bruscas e bem conhecidas da história da banda são deixadas de lado para apresentar um filme mais família, que não ousa e nem apresenta algo inovador.

O elenco está incrível, sobretudo na caracterização dos membros da banda. Todos estão muito parecidos com suas contrapartes, tanto no visual quanto nas personalidades. O grande destaque disso é Rami Malek, que entrega-se completamente a um dos frontmans mais importantes da história. E Malek não se abate perante a dificil tarefa de ser Freddie Mercury, ele se entrega ao personagem profundamente, apresentando um protagonista real e sincero, tarefa bem árdua para calçar os sapatos da lenda que é Freddie. Nos momentos cantados, Rami teve sua voz mixada com a de um outro cantor e com gravações do próprio Mercury, deixando ainda mais real a apresentação.

A sexualidade do vocalista, ponto controverso da história e que deixou os fãs com bastante medo de alterarem para agradar um público mais amplo, está lá. De fato é apresentado de um modo bem mais sutil, mas no final o filme apresenta a realidade e mostra a descoberta da sexualidade de Freddie de forma natural. o roteiro faz isso em diversos pontos icônicos da carreira do artista e da banda como um todo, mas acaba caindo em um “mais do mesmo” no geral, o que não permite que o filme verdadeiramente homenageie a banda, que foi uma das que mais quebrou barreiras normativas.

A trilha sonora não tem muito segredo. As músicas da banda são incríveis e isso se reflete ao longo de todo o filme. Infelizmente, diversas canções são deixadas de lado, como a clássica trilha sonora de Flash Gordon, ou são deixadas de plano de fundo como “The Show Must Go On”, música que apesar da importância em um dos momentos finais de Freddie, foi deixada simplesmente como trilha para os créditos finais.

No geral, o filme apresenta uma excelente cinebiografia. Não ousa, não traz algo de novo, mas completa seu objetivo com força e com certeza fará os fãs de Queen se emocionarem do começo ao fim. Ouvir músicas do Queen com caixas de som da qualidade de uma sala de cinema sempre será uma excelente experiência, no fim das contas.

Alvaro Ramos

30 anos, marido da Sah e co-fundador do Sahssaricando. Gosta de tudo relacionado ao mundo Geek, RPG e muito Metal!

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