Fomos convidados pelo Cine Roxy, em Santos, a conferir o longa metragem “Venom”, que conta a história de um dos personagens mais queridos e carismáticos do universo aranha. O filme, infelizmente, passa longe do esperado em diversas questões.
San Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias. Uma sinopse promissora, mas que não representa quando chega ao produto final.
O primeiro grande erro do filme é tentar trazer de volta a época Pré-Marvel, onde filmes de super heróis não eram conectados uns aos outros e não tinham necessidade de fazer parte de uma história maior. Hoje em dia, é possivel afirmar que aquela época não era tão boa assim, já que como exemplos podemos citar Demolidor: O Homem sem Medo e Mulher-Gato. a completa falta de referências ao Aranhaverso, exceto talvez por um sobrenome que nem ao menos é relevante ao filme, deixa uma sensação de estranheza durante todo o longa.
O elenco é estelar, com nomes como Michelle Williams e Riz Ahmed. Suas interpretações, no entando, acabam sendo esquecíveis, sendo o único destaque positivo o esforço de Tom Hardy para nos convencer com seu Eddie Brock. E isso é um dos poucos méritos do filme. Hardy convence desde o momento da interação com o simbionte, por todo o período de desconforto até a adaptação, apresentando um Venom crível que talvez pudesse ser muito bem colocado no MCU, fosse o filme feito de outra forma.
O tempo do filme é outro erro. Horas rápido demais, horas muito lento, o filme não encontra um ritmo em momento algum, ficando confuso e entediante por longos períodos. A direção não é ruim, mas parece preguiçosa e acaba tornando a experiência bem maçante. O grande vilão do filme, na verdade, acaba sendo o roteiro, fraco, confuso e forçado, com diversos momentos em que “coincidências” ficam desagradavelmente em foco.
A cena pós-créditos é muito legal, mas o filme é tão fraco que o efeito que a cena deveria causar acaba sendo abafado. A Sony falhou em tentar fazer algo que deveria ter ficado no passado, e acabou não implacando com um personagem que certamente seria um sucesso se feito de outra maneira.
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