Filho de Stacker Pentecost, responsável pelo comando da rebelião Jaeger, Jake Pendergast era um promissor piloto do programa de defesa, mas abandonou o treinamento e entrou no mundo do crime. Quando uma nova ameaça aparece, Mako Mori assume o lugar que era do pai no comando do grupo Jaeger e precisa reunir uma série de pilotos. Ela procura o irmão Jake e decide lhe oferecer uma segunda chance para ajudar no combate e provar seu valor. Essa é a premissa da continuação de Circulo de Fogo.
O amor de Guillermo Del Toro por monstros é extremamente visivel em suas obras. Seja pelo recente sucesso de A Forma da Água até o primeiro Circulo de Fogo, a magia que Del Toro passa é quase palpável, criando obras especiais. Ao sair da direção da sequência, o filme acaba indo para o lado oposto e se perde na história, que por horas é acelerada demais e em outros momentos acaba se perdendo.
O longa se passa dez anos após o primeiro. O mundo agora não sofre mais as ameaças dos Kaijus e a luta agora é para tentar deixar as coisas normais novamente. Jake Pentecost (John Boyega), filho do homem que impediu o apocalipse, tenta negar seu passado, porém uma ameaça maior o fará ter que assumir o posto de seu pai.
O filme não se dá ao trabalho de explicar o que aconteceu nesses dez anos, nem de porque algumas regiões conseguiram se reestabelecer e outras não. Parece uma questão de aproveitar o cenário do primeiro filme no lugar de acrescentar a esse universo. As cenas de luta são frenéticas e ageis, o que as tornam divertidas, mas perdem a essencia das lutas mais contemplativas de seu antecessor. No primeiro circulo de fogo, existe uma preocupação na forma em que as cenas de ação são feitas, já na sequência os combates lembram filmes e seriados infantis como Power Rangers.
Não estamos diante de um filme memorável, que resgata o espírito do seu antecessor, nem que expande o universo criado por ele. Trata-se de uma obra genérica sobre robôs gigantes, que desperdiça um enorme potencial e aposta em soluções genéricas para agradar somente pela estética. Perde-se assim praticamente tudo o que Del Toro havia criado. Um lamento para uma geração mais saudosista e cansada de tramas genéricas.
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