A convite do Cine Roxy pudemos conferir ontem (27/03) a pré-estréia de Jogador Numero Um, novo longa de Steven Spielberg.
No ano de 2045, as pessoas fogem da dura realidade em que vivem para o OASIS, um mundo virtual imersivo onde elas podem ser o que quiserem, limitados apenas por sua imaginação. O criador deste mundo, James Halliday, deixou sua imensa fortuna e controle do Oasis para aquele que conseguisse completar uma série de desafios elaborados pelo mesmo. Quando o jovem Wade Watts consegue concluir o primeiro objetivo, ele e seus amigos conhecidos como o High Five são levados a um universo de descobertas e perigos para salvar o OASIS e seu mundo.
A primeira coisa que chama a atenção no filme é a quantidade exorbitante de referências. Desde avatares de personagens do recente jogo Overwatch a clássicos do Atari, a cultura pop é reverenciada e homenageada o tempo todo no filme. Detalhes em personagens que quase passam despercebidos ao fundo foram pensados para fazerem os olhos de qualquer geek brilharem o tempo todo, caçando cada uma das referências, que são impossíveis de coletar assistindo apenas uma vez. O universo dos video-games é exaltado o tempo todo, ao mesmo tempo que o filme nos mostra que é necessário as vezes deixar o controle de lado e aproveitar o que a vida real tem a oferecer.
Spielberg tem uma fórmula para seus filmes, e felizmente, essa fórmula funciona. Mesmo mostrando um universo futurista e distópico, ele consegue entregar um filme sentimental e apaixonante, com seu toque clássico presente em todos os momentos.
Os efeitos digitais do filme foram tão preparados e produzidos que Spielberg conseguiu começar e terminar “The Post” no meio deste processo, mas o resultado gerou uma sensação imersiva que agrada tanto fãs de cinema como jogadores “hardcore”.
O livro no qual o filme se baseia é de 2011 e foi escrito por Ernest Cline. Ele e o veterano de adaptações da marvel Zak Penn foram os responsáveis pelo roteiro, atualizando um pouco a versão do livro, tão recheada de elementos da cultura pop dos anos 80 que o autor de ficção científica John Scalzi disse que a obra é um “nerdgasmo”.
Spielberg teve tanta confiança na história que não se preocupou em chamar grandes nomes do cinema para compor o elenco. Coube ao simpático Tye Sheridan e Olivia Cooke protagonizarem o longa, o que fazem de forma ótima.
Vale a pena conferir esta aventura que resgata a infância de muitos e apresenta a nova geração os pais de suas invenções.
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