A sétima edição do Women’s Music Event, maior encontro de mulheres da indústria da música do país, aconteceu entre os dias 15 e 18 de junho em quatro pontos de São Paulo: Biblioteca Mário de Andrade, Casa Natura Musical, House of Coisas e Praça Dom José Gaspar, além da transmissão online realizada ao vivo através da plataforma digital do projeto.
Com mais de 35 horas de painéis, masterclasses, oficinas, pitches e shows, o evento teve a participação de Karol Conká, madrinha da edição, Marimoon, Tulipa Ruiz, Aíla, Marvvila, Rachel Reis, Drik Barbosa, Tássia Reis, Brisa Flow, Xênia França, Bivolt, entre outras artistas e convidadas.
O que é o WME
O Women ‘s Music Event (WME) é uma plataforma de música, negócios e tecnologia criada para aumentar o protagonismo da mulher na indústria da música. Idealizada por Claudia Assef e Monique Dardenne em 2016, a plataforma estreou em março de 2017 com a WME, maior encontro de mulheres da indústria da música em São Paulo, atraindo mais de mil pessoas em painéis de debate, workshops, shows e festas. Desde então, já realizou seis edições da WME. Além do encontro, acontece anualmente a WME Awards by Music2!, premiação desmembrada em três frentes: categoria voto popular, categoria voto técnico e homenageadas pelo conjunto de sua obra.
O WME lançou em 2019 o seu aplicativo Cadastro de Profissionais. O app é uma versão interativa e mais robusta do Banco de Profissionais, área já existente no site Women’s Music Event e que reúne cadastros de mulheres que atuam em diferentes áreas da cadeia da música, desde as atividades mais técnicas até as mais artísticas.
Em 2021, o WME lançou o Selo Igual, iniciativa criada com o intuito de equalizar line-ups e equipes de eventos musicais, convidando empresas, festivais, agências e marcas relacionadas à música para virarem essa chave. São aptos a receber o selo festivais, festas, clubes, casas de ações e outras empresas que tenham pelo menos metade de suas equipes compostas por mulheres, pessoas não-binárias e/ou trans, considerando a área artística e produção. Mais de 40 iniciativas já possuem o selo, entre elas Se Rasgum, Coquetel, Bananada, SIM, Balaclava, Sennheiser, UBC, Ingrooves, Nova Brasil FM, Agência Lema, Mynd, Heavy House, entre outras.
Em sua quinta edição, em 2021, o WME impactou mais de 5 milhões de pessoas, obteve mais de 177 mil interações nas redes sociais e gerou mais de mil postos de trabalho. No âmbito digital, os conteúdos relacionados à premiação atingiram mais de 37.862 acessos, contemplando além do Brasil, os países EUA, Portugal, Irlanda, França, México, Suécia, Canadá, Colômbia e Kuwait.
Em 2022, a sexta edição do WME materializou o conceito phygital e reuniu presencialmente mais de 2.100 pessoas e digitalmente quase 5 mil durante a transmissão ao vivo em uma audiência espalhada por 10 países que consumiram mais de 40 horas de conteúdos. Foram mais de 100 mulheres da indústria musical que realizaram painéis, masterclasses, oficinas e shows em prol ao protagonismo feminino no mundo da música, que resultou em mais de 27 milhões de pessoas impactadas, somando com as interações das redes sociais.
Como foi a edição 2023
Durante os quatro dias, o evento reuniu mais de 4.500 pessoas presencialmente e somou mais de 7.500 visualizações na transmissão ao vivo pelo site. Além disso, a audiência digital se espalhou por 9 países (Brasil, Estados Unidos, China, Holanda, Alemanha, Finlândia, Irlanda, Suíça e Angola).
Com apoio da Heineken® pela terceira vez consecutiva como cerveja oficial e patrocinadora master, o Women’s Music Event também recebeu apoios de Warner Music Brasil, Warner Chappell Brasil, Deezer, Som Livre, Ingrooves, Natura Musical, Ecad Oficial, Abramus, UBC, The Orchard Brasil, Tune Core, projeto ASA (através da Oi Futuro e British Council) e Ellus.
Na quinta-feira (15), o bar House of Coisas, localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, foi dominado pelo show intimista da cantora Melly, vinda de Salvador com exclusividade para a festa lançamento do Women’s Music Event, que foi assinada pela plataforma de streaming Deezer. Além da cantora, a DJ Miria Alves, criadora do projeto TPM (Todas Podem Mixar) também se apresentou na noite, lotando a casa.
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Na sexta-feira (16), o dia foi preenchido por conversas ricas e importantes, com destaque para o Q&A com a madrinha do evento, Karol Conká, que, com humor e simpatia, discorreu sobre detalhes da participação no BBB21 e gerou reflexões valiosas sobre autocuidado, saúde mental e o poder das redes sociais, além de contar um pouco sobre a relação com sua mãe, Ana Maria dos Santos, e seu filho, Jorge Conká. A conversa, conduzida pela jornalista Claudia Assef, uma das criadoras do WME, emocionou o público, que terminou aplaudindo a artista em pé.
O painel “Protagonismo amazônico – o hype da cultura do Norte do Brasil e os desafios da circulação de seus artistas pelo resto do País” também trouxe insights importantes, abordando temas sensíveis e necessários sobre a importância das artistas da região para o auditório da Biblioteca Mário de Andrade. O painel foi assinado pelo festival Mana e mediado por sua criadora, Aíla (cantora e diretora artística), com participações de Fernanda Paiva (head of Global Cultural Branding da Natura Musical), Karla Martins (produtora cultura da Mídia Ninja Amazônia), Patrícia Bastos (cantora) e Thaianty dos Santos (A&R ONErpm Norte).
Outro bate-papo importante que aconteceu na sexta-feira (16) foi apresentado pela Heineken®. Intitulado de “IA – A bola da vez: profissionais de tecnologia contextualizam os avanços e questões morais envolvendo inteligência artificial”, o painel foi mediado pela apresentadora MariMoon e contou com a presença de Mariana Mello (Diretora Jurídica da Abramus), Gabriela Shapiama (Gerente de projetos tecnológicos), Melina Couto (Gerente de patrocínios e experiências da Heineken) e Dani Ribas (Diretora da Sonar Cultural Consultoria). No fim do dia o público conferiu os shows gratuitos de Kennye PART. Marô, apresentado pelo selo Slap, da Som Livre, e da cantora Assucena.
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No sábado (17), terceiro dia de evento, ganhou ênfase o debate apresentado pela Deezer: “O que as Plataformas de streaming, gravadoras, associações e agregadoras estão fazendo para fomentar o crescimento das artistas hoje”, participação de Michelly Mury (label manager da Altafonte), Helena Gaia (gerente de artist relations da Deezer Brasil), Júlia Braga (diretora de marketing & comercial da SomLivre) e Sylvia Medeiros (vice-presidente do The Orchard Brasil). Durante a conversa, houve insights importantes e discussões enriquecedoras. No fim da programação, o público do evento foi para a Praça Dom José Gaspar, conferir os shows de MC Soffia e Tássia Reis, gerando um clima de festival na pracinha.
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Além das palestras e shows, a 7ª edição do WME apresentou seis oficinas, com Tulipa Ruiz (“UBC apresenta: Roda de Conversa sobre Composição”), Juliana Castro (“Bananas Music Trends 2023: tendências de comportamento e consumo de música, e seus principais impactos no mercado musical”), Badi Assad (“Se Meu Violão Falasse”), Larissa Conforto (“DIY: como montar a sua tour”), Thais Bernardini (“Elaboração de Projetos Culturais”) e Carô Murgel (“O Mapa das Compositoras Brasileiras do Século XX” ).
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O último dia foi marcado pelos shows de Drik Barbosa, Rachel Reis e Mulamba, com casa lotada e fãs cantando as letras das artistas com todo o gás. A noite terminou com uma apresentação apoteótica da banda Mulamba, que fez o derradeiro show da carreira no Women’s Music Event. Foi épico.
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O WME também contou com o seu aguardando Pitch de bandas, que apresentou 20 novas artistas (banda e solo) a uma comissão de 40 profissionais do mercado da música, que estão à frente dos maiores eventos e gravadoras do país. Criado para que mais mulheres sejam ouvidas e tenham mais espaço na música, o Pitch tem o objetivo de promover seus trabalhos e conectá-las com representantes que possam auxiliá-las em seus próximos passos em cada parte do país. Neste ano, foram mais de 300 artistas que se inscreveram previamente e no formulário de inscrição disponível no site com um vídeo mostrando seus trabalhos. O Pitch aconteceu nos dias 13 e 14 junho de forma online em uma sala do Zoom e foram transmitidas no YouTube de WME podendo ser conferidas aqui e aqui.
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